Coronavírus: Senado dos EUA rejeita plano de estímulos pela segunda vez

O Senado dos Estados Unidos rejeitou novamente nesta segunda-feira (23) o pacote de estímulos econômicos de US$ 1,6 trilhão para combater os efeitos do novo coronavírus (covid-19) na economia.

O pacote foi reprovado mesmo após o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, realizar diversas negociações com os parlamentares. A proposta para conter os impactos do coronavírus já havia sido rejeitada pelo Senado norte-americano no último domingo (22).

O texto prevê o envio de cheques aos cidadãos estadunidenses e o aumento do seguro-desemprego durante a crise motivada pela doença.

A medida, redigida principalmente por republicanos, foi rejeitada após oposição do Partido Democrata. Isso porque, segundo os senadores democratas, a proposta traz poucos benefícios aos trabalhadores e só busca salvar as empresas.

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No entanto, o líder democrata no Senado, Chuck Shumer, afirmou que, após as negociações com o secretário do Tesouro, um acordo está muito próximo.

“Nós, democratas, estamos tentando fazer as coisas certas, não discursos partidários atrás de discursos partidários. Nossa meta é alcançar um acordo hoje e esperamos, estamos confiantes de que vamos alcançar esse objetivo”, afirmou Shumer.

Em contrapartida, o líder da maioria republicana, Mitch McConnell, afirmou que a proposta precisa ser aprovada, visto que os impactos da pandemia deixam o país norte-americano em estado de emergência.

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“Vocês estão brincando? Isso não é uma oportunidade política, isso é uma emergência nacional” afirmou McConnell. “É isso que eles estão fazendo lá, e o povo americano precisa saber disso. Os democratas não nos permitem financiar hospitais ou salvar pequenas empresas”, reiterou o líder republicano.

Morgan Stanley prevê queda do PIB dos EUA por conta do coronavírus

O Morgan Stanley informou nesta segunda-feira que prevê queda de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo trimestre de 2020. Dessa forma, a economia do país norte-americano chegaria ao menor nível em 74 anos.

Saiba mais: Morgan Stanley prevê queda de 30% no PIB dos EUA no 2T20

De acordo com os economistas da instituição financeira, a redução reflete os impactos da pandemia na economia. Assim, visto que a doença deverá atingir seu pico entre abril e maio, o crescimento econômico dos EUA deverá se recuperar somente a partir do terceiro trimestre.

Caso o pico do coronavírus ocorra depois do previsto, a economia no terceiro trimestre também será impactada. Como consequência, a instituição financeira prevê queda de 8,8% para o PIB norte-americano em 2020 neste cenário.

Giovanna Oliveira

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