Coronavírus: OMC diz que comércio global foi afetado por restrições à importação

A Organização Mundial do Comércio (OMC) informou, nesta sexta-feira (24), em um relatório semestral, que o comércio global foi afetado por novas restrições, em excesso, à importação. De acordo com o órgão, este é o momento que as economias mais precisam do comércio para se reerguerem, devido a pandemia de coronavírus (Covid-19).

Por outro lado, a OMC comunicou que algumas restrições à exportação, que foram colocadas sobre itens ligados a àrea de saúde, como máscaras cirúrgicas, medicamentos e equipamentos médicos, no início da pandemia de coronavírus, estão sendo revertidas.

O diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, falou sobre a importância do comércio para a economia, em tempos de crise. “Embora o impacto total da pandemia ainda não esteja totalmente refletido nas estatísticas do comércio, espera-se que seja muito substancial”, disse o executivo.

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Em junho, a OMC afirmou que as estimativas para o segundo trimestre deste ano mostravam uma possível queda de 18% no comércio mundial, devido aos efeitos da pandemia de coronavírus, em relação ao mesmo período de 2019.

No mês passado, a OMC informou que o volume de comércio de mercadorias caiu 3% em comparação ao ano anterior, no primeiro trimestre. Na época, Azevêdo disse que as decisões políticas estavam sendo cruciais “para atenuar os choques na produção e no comércio, e continuarão a desempenhar um papel importante para determinar o ritmo da recuperação econômica. Para que a produção e o comércio possam crescer em 2021, as políticas fiscais, monetárias e comerciais deverão seguir apontando na mesma direção”.

A OMC afirmou que as quedas são historicamente acentuadas, mas poderiam ter sido muito piores. A pandemia de coronavírus afetou a economia de diversos países no mundo inteiro, devido a diversas restrições para mitigar a disseminação do vírus. No mundo, já são 634 mil mortos pela doença e mais de 15 milhões de infectados. Somente no Brasil, há 2,2 milhões de pessoas infectadas e 84 mil mortes registradas até esta sexta-feira (24).

Juliano Passaro

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