Coronavírus pode levar milhares de empresas à falência, diz governo

A Secretaria de Política Econômica (SPE), ligada ao Ministério da Economia, divulgou nesta sexta-feira (17) um estudo que vê cerca de 3,5 mil companhias entrando em falência ou com pedidos de recuperação judicial nos próximos meses, em razão da pandemia do novo coronavírus. As informações foram publicadas originalmente no blog da Ana Flor, do portal “G1”.

Conforme levantamento, os dados apontam para um cenário no qual a inadimplência pode subir 294% em relação a uma situação sem coronavírus, atingindo quase 271 mil negócios em todo o Brasil.

A inadimplência por mais de 90 dias, segundo os especialistas, é um estágio que precede o pedido de recuperação judicial e acomete a cadeia de produção ao impactar diversas companhias em série.

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O processo de entrada com pedido de recuperação na Justiça, no entanto, apresenta um custo alto. Dessa forma,o número normalmente reflete companhias de médio e grande porte, enquanto as micro e pequenas empresas em geral fecham as portas antes.

Mais da metade dos processos de falência continuam abertos após 13 anos em média e a morosidade deprecia o capital das empresas em 51%.

Governo considera coronavírus e outras crises financeiras

O estudo realizado pela Secretaria de Política Econômica se baseou no impacto de outras crises financeiras anterior, como a de 2014-2016. Apesar disso, o governo considerou os impactos da pandemia do novo coronavírus e seu caráter sem precedentes para a economia brasileira.

Saiba mais: Coronavírus: imunidade à doença pode durar anos, segundo estudo

A nota divulgada pela secretaria aponta como medidas para serem tomadas para mitigar os efeitos da pandemia:

  • a ampliação da concessão de crédito, mais especialmente a micro e pequenas empresas;
  • desonerações,
  • a modernização da lei de falências que já tramita no Congresso;
  • medidas que melhorem a mobilidade no mercado de trabalho.

As ações, nesse sentido, devem dar suporte aos trabalhadores e às companhias para se adaptarem ao novo cenário de novo coronavírus.

Arthur Guimarães

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