Coronavírus impactou pouco a operação brasileira, diz CEO da C&A

O presidente da C&A Brasil (CEAB3), Paulo Correa, declarou nesta sexta-feira (14) que até o momento os impactos do coronavírus na operação da empresa no Brasil foram baixos.

De acordo com o executivo, a decisão da C&A de transferir parte da produção da China para o Brasil nos últimos anos está ajudando a reduzir os possíveis efeitos negativos do coronavírus para a companhia.

Correa ressaltou que as varejistas de moda poderão ser prejudicadas por atrasos no embarque das mercadorias. No entanto, segundo ele, a C&A não foi afetada de forma significativa. “Em alguns embarques teve algum tipo de revisão, mas nada que mude o nosso plano de trabalho”, disse o executivo.

Segundo o CEO, atualmente a maior preocupação está relacionada com a falta de informações e com as meditas adotadas pelo governo chinês para conter a epidemia. “A economia da China pode ser impactada se a epidemia se prolongar no país”, afirmou Correa.

Plano de expansão da C&A no Brasil

O executivo comentou ainda sobre o plano de expansão da empresa no Brasil. De acordo com Correa, o projeto dependerá da recuperação da economia e do consumo no País.

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Além disso, a melhora nos indicadores de renda, produção e ocupação são fundamentais para o plano de expansão da companhia. A queda da taxa básica de juros (Selic) também foi mencionada como um fator importante para a medida.

“Nosso plano de expansão, que é forte para este ano e para os próximos, não depende da economia. Mas será ótimo se isso acontecer porque vai ajudar o nosso trabalho”, disse o presidente da varejista.

Coronavírus

Nesta sexta-feira (14), a Comissão Nacional de Saúde da China informou que o número de mortes por coronavírus no país subiu para 1.380. O número de pessoas infectadas no país asiático chegou a 63.581, excluindo dados de Hong Kong e Macau.

Saiba mais: Coronavírus: epidemia pode ir para qualquer direção, diz OMS

Ademais, 505 casos já foram confirmados em outros 24 países fora da China. Até o momento, duas pessoas morreram por conta do vírus fora do país asiático, uma nas Filipinas e outra no Japão.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou na última quarta-feira (12) que não é possível prever quando o avanço da epidemia será controlado. “O surto ainda pode ir para qualquer direção”, afirmou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Contudo, o diretor da organização ressaltou que por conta da quarentena em Wuhan, epicentro do coronavírus, o número de casos em outros países está diminuindo. Dessa forma, o ritmo de contágio da doença não parece agressivo fora do país asiático.

Giovanna Oliveira

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