Coronavírus: Ibovespa amplia queda e tem 2º circuit breaker no dia

O Ibovespa reabriu o pregão em fortes queda e o circuit breaker foi acionado pela segunda vez no dia. O principal índice da bolsa de valores de São Paulo caiu mais de 15%. O mercado reage a novas medidas para conter o avanço do coronavírus.

Com o novo circuit breaker, o pregão na B3 fica suspenso por 1 hora. Mais cedo, por volta das 10h20, as negociações haviam sido interrompidas após queda de 11,65%.

Após a pausa de 30 minutos causada pelo 1º circuit breaker, o Ibovespa ampliou as quedas, chegando a -15,43%, aos 72.026,68 pontos, às 11h12.

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As suspensões nas negociações ocorrem automaticamente quando o índice Bovespa (Ibovespa) tem quedas expressivas. Há três níveis: -10%, -15% e -20%. A interrupção acontece para que os agentes do mercado tenham tempo de pensar melhor sobre suas decisões, de modo a evitar pânico no mercado em momentos de instabilidade.

Veja mais: Ibovespa tem três dias de circuit breakers na mesma semana pela 1ª vez

No primeiro nível, o pregão é suspenso por 30 minutos. No segundo, a interrupção passa a 1 hora. Se houver quedas superiores a 20%, a negociação é suspensa pelo restante do dia.

Esta é a primeira vez que o circuit breaker é acionado em três dias na mesma semana. O mecanismo foi criado em 1997.

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O mercado financeiro local reage às restrições de voos entre Estados Unidos e Europa por 30 dias, anunciadas pelo presidente Donald Trump na noite da última quarta-feira. O anúncio derrubou bolsas na Ásia, Europa e Estados Unidos. No mercado americano, o S&P 500 também entrou em circuit breaker nesta manhã, após cair mais de 7%, e os negócios foram paralisados por 15 minutos.

Além das medidas de restrição motivadas pelo coronavírus, os investidores locais também digerem a derrubada do veto presidencial a mudanças no Benefício de prestação Continuada (BPC). O Congresso restabeleceu o limite dos pagamentos para meio salário mínimo, ante proposta de um quarto de salário mínimo do governo. A equipe econômica estima impactos anuais de R$ 20 bilhões nas contas públicas por causa da ação dos parlamentares.

Felipe Machado

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