Coronavírus: farmacêutica testa remédio para uso fora de hospital

A Gilead Sciences (NASDAQ: GILD) informou que está desenvolvendo versões do remédio contra o novo coronavírus (covid-19), remdesivir, para uso fora de hospitais.

De acordo com a biofarmacêutica norte-americana, os estudos até então demonstraram a eficácia moderada por infusão. Ou seja, a empresa está trabalhando para que o remédio contra o coronavírus possa ser utilizado fora dos hospitais por meio de inalação.

Na última segunda-feira (1), a Gilead relatou resultados de testes demonstrando que o remdesivir intravenoso proporcionou um benefício modesto para pacientes hospitalizados com covid-19, em comparação aos que não foram medicados.

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Segundo os executivos da empresa, como o diretor médico Merdad Parsey e o vice-presidente financeiro Andrew Dickson, a Gilead está explorando uma formulação de injeção subcutânea e versões de pó seco a serem inaladas do remédio.

Os executivos informaram que o remdesivir não pode ser administrado como pílula pois sua composição afetaria o fígado. O objetivo é que a medicação seja diluída para uso com um nebulizador, o que permitiria um tratamento precoce de pacientes com coronavírus que não são hospitalizados.

Além disso, salientaram que a empresa está aumentando a sua capacidade de fornecer o remédio e iniciou conversas com governos do mundo sobre os preços comerciais.

Remdesivir ajuda pacientes moderados com coronavírus

A Gilead Sciences informou que o remédio para o novo coronavírus ajuda pacientes hospitalizados com manifestações moderadas da doença.

De acordo com o estudo, um grupo de pacientes hospitalizados com pneumonia moderada receberam o medicamento por cinco dias e apresentaram uma melhora. No entanto, outro grupo que recebeu o medicamento contra o coronavírus por 10 dias não demonstrou uma melhora estatisticamente significativa.

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Conforme o relatório, as pessoas que receberam o tratamento de cinco dias tiveram melhor desempenho, com 76% melhorando no 11° dia, em comparação com 66% que não receberam a medicação. No entanto, apenas 70% dos pacientes que permaneceram no remdesivir por 10 dias apresentaram melhoras. Essa diferença não foi estatisticamente significativa em comparação com os que não receberam.

“Se pudermos intervir mais cedo no processo da doença com um tratamento de cinco dias, podemos melhorar significativamente os resultados clínicos para esses pacientes”, comunicou a Gilead.

A biofarmcêutica informou que o novo estudo comprava que não há riscos de segurança identificados em nenhum dos grupos de tratamento de coronavírus.

Poliana Santos

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