Coronavírus: fábricas de celulares reduzem produção e dão férias coletivas

Fabricantes de celulares, como Motorola, Samsung e LG, reduzem a produção de aparelhos e dão férias coletivas aos trabalhadores devido a dificuldade de receber os produtos importados da China por causa do novo coronavírus (Covid-19).

No total, 42% dos componentes para a produção de eletroeletrônicos no Brasil são provenientes da China, e outros 38,3% de países asiáticos. No ano de 2019 foram negociados R$ 32,8 bilhões em produtos. A Associação Nacional de Fabricantes de Eletroeletrônicos (Eletros) informou que a instabilidade provocada pelo coronavírus pode afetar os estoques, mais isso ainda não ocorreu.

A unidade da Motorola, em Jaguariúna (SP), deu férias coletivas entre os dias 17 e 28 deste mês e informou que renovará a pausa entre os dias 9 e 28 de março. Dos 3,2 mil funcionários de Jaguariúna, 80% se encontram em férias

Por sua vez, a fabrica da LG, em Taubaté (SP), vai parar por dez dias a partir da próxima segunda-feira (2). A fábrica da Samsung, localizada em Campinas (SP), teve uma pausa entre os dias 12 e 14 deste mês.

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A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), informou que 57% das empresas associadas estão com problemas no recebimento de materiais importados da China. Trata-se de um aumento de 5% quando comparado com o balanço de duas semanas atrás.

Segundo a Abinee, 4% das empresas de eletrônicos estão com paralisações parciais e outras 15% programa reduções nas linhas. A perspectiva da associação é de que não haja falta de produtos eletrônicos no Brasil, ao menos por enquanto.

Coronavírus pode se tornar pandemia global, diz agência

Segundo a Food and Drug Administration (FDA), agência que regula o mercado alimentício dos Estados Unidos, o novo coronavírus poderá se tornar uma pandemia.

Peter Marks, chefe do Centro de Avaliação e Pesquisa em Biologia da organização, disse que “para todos os efeitos, acho correto dizer que estamos à beira da pandemia. Isso definitivamente vai acontecer? Não, mas há uma preocupação significativa, já que da noite para o dia temos casos em seis continentes.”

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Por mais que os Estados Unidos tenha apresentado menos casos de coronavírus do que alguns países da Europa e, principalmente, na China, os reguladores norte-americanos permanecem atentos à contenção da epidemia. As declarações foram feitas na SVB Leerink Global Healthcare Conference, que acontece em Nova York, do dia 25 a 27 de fevereiro.

Poliana Santos

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