Coronavírus: desemprego nos EUA cai em maio e surpreende mercado

A taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu de 13,7% para 13,3% em maio. O fato surpreendeu o mercado, já que era esperado um aumento de pessoas desocupadas por conta da pandemia de coronavírus (Covid-19), que afetou diversos setores da economia. As informações foram publicadas pela agência “Bloomberg”, nesta sexta-feira (5).

A economia norte-americana contou com 2,5 milhões a mais de postos de trabalho no mês passado, de acordo com o Payrroll (relatório de emprego dos EUA). Especialistas consultados pela “Bloomberg” estimavam que seriam perdidos 7,5 milhões de empregos em maio.

Vale destacar que em abril, os EUA divulgaram que perderam 20,5 milhões de postos de trabalho. A justificativa, na época, foi voltada ao isolamento social adotado para mitigar a disseminação de coronavírus.

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Os números de maio podem sinalizar que a economia está se recuperando antes do previsto, por isso o otimismo do mercado. Economistas previam que a taxa de desemprego iria aumentar para 19% no mês. A “Bloomberg” destacou que nenhum dos especialistas estimavam números positivos para maio.


“Essas melhorias no mercado de trabalho refletiram uma retomada limitada da atividade econômica que foi reduzida em março e abril devido à pandemia de coronavírus e aos esforços para contê-la”, informou o Departamento do Trabalho dos EUA, em comunicado.

As taxas de desemprego tiveram queda entre mulheres e homens brancos e levemente para hispânicos e latino-americanos, segundo dados do departamento. Entretanto, a “Bloomberg” destacou que a taxa quase não foi alterada entre os afro-americanos, ficando em 16,8%, o maior número desde 2010.

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É importante destacar que o país, que também é um dos focos do coronavírus, recentemente, passou por um episódio de racismo que repercutiu em todo mundo, após um policial assassinar um homem negro que, supostamente, teria tentado pagar uma conta com uma nota falsa de US$ 20. O assassinato causou comoção em diversos países do mundo e uma onda de protestos foi feita nos Estados Unidos cobrando justiça das autoridades.

Juliano Passaro

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