Coronavírus: China corta juros e injeta US$ 14,2 bi na economia

O Banco do Povo da China (PBoC) anunciou, nesta quarta-feira (15), a redução da taxa de empréstimos de médio prazo de um ano, de 3,15% para 2,95%. O corte da taxa, que já havia sido realizado em fevereiro, é uma tentativa da maior economia asiática em conter os impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O comunicado publicado na site da autoridade monetária chinesa diz que o corte da taxa de juros pode abrir caminho para taxas de referência de empréstimos mais baixas, já que o coronavírus irá impactar fortemente os resultados do país no primeiro trimestre deste ano.

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Os índices acionários chineses fecharam em baixa nesta quarta-feira demonstrando como os investidores estão preocupados com uma queda acentuada no crescimento econômico do país. O subíndice do setor financeiro teve uma baixa 0,79%, o de consumo teve apresentou queda de 0,73%, enquanto o setor imobiliário caiu 1,63%, e o subíndice de saúde teve uma retração de 0,84%.

A taxa prime de empréstimos (LPR, na sigla em inglês), que foi refeita em 2019 para substituir um antigo marco de referência para as taxas de empréstimo, no entanto, está pouco ligada à taxa da linha de crédito. O balanço da LPR de abril será divulgada na próxima segunda-feira (20).

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Além disso, o BC da China também anunciou a injeção de 100 bilhões de yuans, o equivalente a US$ 14,19 bilhões (cerca de R$ 74,19 bilhões) em liquidez ao mercado. A medida foi realizada por meio de operações de instrumentos de crédito de médio prazo (MLF).

O PBoC intensificou seus esforços para auxiliar a segunda maior economia do planeta, por meio de sua política monetária e injeção de recursos extra. O BC chinês, inclusive, poderá reduzir as taxa de depósito, mecanismo similar aos depósitos compulsórios, para estimular as instituições financeiras a conceder empréstimos em meio à crise do coronavírus.

Jader Lazarini

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