Coronavírus: Califórnia recua no processo de reabertura da economia

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, ordenou nesta segunda-feira (13) que todos os restaurantes, bares, cinemas, museus e outros estabelecimentos com ambiente fechado no estado encerrassem temporariamente suas atividades, já que a região registra um aumento recorde no número de casos de coronavírus (Covid-19).

Além da ordem estadual, Newsom disse que também fecharia as operações de academias, espaços religiosos, serviços de cuidados pessoais, shoppings, escritórios, salões de cabeleireiro e barbearias para todos os municípios da lista de monitoramento da Califórnia, que representam 80% da população do estado.

O total de casos de covid-19 nos EUA superou 3,3 milhões na segunda-feira e o número de mortos no país excedeu 135 mil, de acordo com dados compilados pela Johns Hopkins University. Em todo o mundo, mais de 12,9 milhões de casos confirmados foram registrados, segundo dados da instituição.

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Em parte, o surgimento de casos ao redor do mundo pode ser atribuído ao aumento nos testes aplicados na população, o que permite a detecção de casos assintomáticos ou menos graves, geralmente entre pessoas mais jovens.

No entanto, muitos estados, incluindo Califórnia, Arkansas e Nevada, relataram uma taxa crescente de resultados positivos nos testes de coronavírus. Na Carolina do Sul, 22,3% dos testes de coronavírus feitos no último sábado (11) deram positivos, levando a maior taxa positiva já registrada na região.

Coronavírus volta a trazer volatilidade aos mercados

No início do pregão desta segunda-feira, os principais índices acionários dos EUA registravam alta. O Dow Jones Industrial Average subia mais de 563 pontos. Porém o movimento mudou depois que a Califórnia voltou atrás com a reabertura da economia.

Apesar do Dow ainda obter um ganho de 10,5 pontos, ou menos de 0,1%, e fechar em 26085.80, outros indicadores sofreram mais com a notícia. O S&P 500 caiu 29,82 pontos, ou 0,9%, para 3.155,22 pontos. O Nasdaq Composite, formado pelas empresas de tecnologia, que vinha sendo negociado em altas recordes nos últimos dias, caiu 226,60 pontos, ou 2,1%, para 10.390,84 pontos.

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“Os mercados estão olhando daqui a seis meses e dizendo que as coisas estarão muito melhores até então”, disse Randy Frederick, vice-presidente de negociação e derivativos da Charles Schwab. Ele alertou que a incerteza sobre o coronavírus e as eleições nos EUA ainda podem dificultar a recuperação do mercado e da economia nos próximos meses.

Daniel Guimarães

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