Coronavírus: Boeing prevê impacto duradouro no setor aéreo

O CEO da Boeing, Dave Calhoun, afirmou, nesta quinta-feira (2), que a crise provocada pelo coronavírus (Covid-19) no mundo irá impactar a indústria aeroespacial global por um bom tempo.

“Vai levar tempo para a indústria aeroespacial se recuperar da crise”, afirmou o presidente executivo da Boeing em um comunicado da companhia divulgado nesta quinta. “Precisará equilibrar a oferta e a demanda de acordo com o processo de recuperação da indústria nos próximos anos”, acrescentou Calhoun.

O anúncio de um pacote de planos, da Boeing, para lidar com o impacto da crise causada pela pandemia de coronavírus é esperado para esta quinta. A companhia lançar um plano para antecipar aposentadorias, além de anunciar um plano de demissão voluntária aos funcionários.

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A Boeing é uma das empresas que mais gera empregos nos Estados Unidos. A companhia já anunciou algumas medidas para conter os efeitos do coronavírus, como o congelamento de contratações e a remuneração por horas extras trabalhadas.

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A companhia emprega cerca de 160 mil funcionários e, até o momento, não anunciou demissões. Em entrevista à Fox Business Network, o CEO da Boeing falou sobre a importância de tentar manter seus funcionários sem fazer cortes. “Eu tenho que manter minha força de trabalho no lugar e precisamos estar prontos quando a recuperação chegar”, disse Calhoun.

Importância do acordo da Boeing com a Embraer

O vice-presidente financeiro da Boeing, Greg Smith, informou que a compra do controle da divisão comercial da Embraer (EMBR3) continua estrategicamente importante para a companhia. A declaração foi feita no dia 24 de março em uma entrevista para a agência de notícias “Reuters”.

O vice-presidente da Boeing, entretanto, afirmou que a companhia norte-americana está evitando novas dívidas. Assim, o cenário pessimista criado pela pandemia do novo coronavírus pode interferir de forma negativa nas negociações da empresa com a Embraer.

Juliano Passaro

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