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Coronavírus: 45% das empresas no Brasil se dizem impactadas

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou nesta terça-feira (18) uma queda no número de empresas que se dizem impactadas pelo coronavírus (covid-19) no Brasil. Do total das companhias em funcionamento no Brasil na primeira quinzena de julho, 45%  disseram que foram impactadas pela pandemia.

Tal número representa uma contração, já que em junho, 62,4% das empresas disseram que foram impactadas pela disseminação global do vírus. Os dados são da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, que integra as Estatísticas Experimentais do IBGE.

Os resultados da pesquisa foram:

  • Setor de Serviços foram as que mais sentiram impactos negativos da Covid-19, 47%; em especial os serviços prestados às famílias, 55,5%;
  • Comércio, 44% relataram efeitos negativos;
  • Construção, 38%;
  • Setor industrial, 42,9% das empresas destacaram impacto negativo, ao mesmo tempo que para 33,1% o efeito foi pequeno ou inexistente;

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“Há uma percepção de melhora à medida que o tempo vai passando e as empresas e pessoas se adaptam à nova realidade”, disse o coordenador da pesquisa, Flávio Magheli. “Oito em cada 10 empresas mantiveram quadro de funcionários e as que reduziram, cortaram até 25% do quadro”, acrescentou.

Nos quinze primeiros dias de julho, 47,4% das empresas em funcionamento não tiveram alteração significativa na sua capacidade de fabricar produtos ou atender clientes. Entretanto, 41,2% tiveram dificuldades e, 11,3%, acharam que a situação deixou mais fácil. Além disso, 51,8% das empresas na pesquisa não perceberam alteração significativa no acesso aos seus fornecedores e 38,6% tiveram dificuldades.

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Em um comentário mais elaborado, o coordenador de Pesquisas Estruturais e Especiais, Alessandro Pinheiro, disse: “O relaxamento das medidas impactou mais setores que precisam de contato presencial, mas piorou a situação do comércio. O comércio enfrenta problema semelhante ao da indústria, na cadeia de suprimentos. O comércio depende mais dos fornecedores do que os serviços. Embora os serviços tenham sido os mais afetados, com as medidas de relaxamento do isolamento social, foram os que apresentaram melhora mais acentuada”.

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Daniel Guimarães

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