Consumo pode impulsionar crescimento do PIB brasileiro, diz Moody’s

A agência de classificação de risco Moody’s apontou que o consumo deve contribuir para a retomada do crescimento econômico no Brasil.

Conforme a agência Moody’s, a melhora nas vendas do varejo sustenta a economia nacional. Além disso, a redução do desemprego e a desaceleração da inflação também são essenciais para o aumento do PIB (Produto Interno Bruto).

Para o vice-presidente sênior da companhia, Gersan Zurita, o aumento no número de pessoas empregadas é essencial para manter o crescimento do consumo. Dessa forma, com a redução do desemprego, o poder de compra da população foi ampliado.

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“O emprego tem melhorado de forma gradual desde o fim da recessão econômica, com uma participação crescente da população retornando lentamente à força de trabalho”, explicou Zurita.

Setores que registraram alta

Segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) divulgado na última segunda-feira (15), as vendas do varejo no Brasil apresentaram alta de 2% em junho ante o mesmo mês de 2018. O aumento foi registrado após uma sequência de quedas.

Segundo a Moody’s, a melhora no varejo é consequência do aumento da confiança do consumidor. Embora alguns setores, como o de veículos, estejam registrando alta, os índices continuam inferiores aos valores atingidos em 2013.

Saiba mais: Vendas de automóveis crescem 11% no primeiro semestre

O setor de automóveis cresceu 11% no primeiro semestre de 2019. Contudo, as vendas de veículos no País ainda apresentam resultados frustantes ante outros períodos de recessão.

Em relação ao setor imobiliário, a agência se mostrou mais otimista. Conforme a Moody’s, a recuperação do setor será perceptível no número de imóveis vendidos e nos valores.

PIB de 2019

O Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) na última segunda-feira (15) reduziu pela 20ª vez seguida a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019.

Saiba mais: Prévia do PIB registra alta após quatro meses seguidos de queda

As previsões de crescimento para o próximo ano também foram reduzidas para 2,10%. Por outro lado, a previsão para 2021 e para 2022 é de expansão de 2,5% no PIB.

Em contrapartida, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, registrou alta em maio em relação a abril.

Conforme o estudo, o PIB cresceu 0,54% durante o período. Na comparação anual com maio, a alta foi de 3,06%.

Giovanna Oliveira

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