Conselho da Embraer aprova parceria com a Boeing

A Embraer informou nesta segunda-feira (17) que seu conselho aprovou a fusão com a Boeing.

A Embraer está negociando um acordo estratégico com a fabricante norte-americana de aeronaves Boeing desde julho do ano passado.

O objetivo é criar uma joint venture no Brasil, chamada JV Aviação Comercial.

O novo negócio  de aviação comercial seria avaliado em US$ 5,26 e teria participação de 80% da Boeing e 20% da Embraer.

A Boeing fará um aporte de US$ 4,2 bilhões na nova empresa.

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A nova empresa deveria assumir os negócios da divisão de aviação comercial da Embraer e de suas operações relacionadas, serviços e capacidades de engenharia. A transação ainda depende do aval dos acionistas, entre os quais está o governo brasileiro que detém uma golden share. Além disso, os órgãos reguladores do mercado brasileiro e americano também devem aprovar a operação. A expectativa da Embraer é que o negócio seja concluído até 2019.

“A parceria estratégica será, então, submetida à aprovação dos acionistas, das autoridades regulatórias, bem como a outras condições pertinentes à conclusão de uma transação deste tipo”, informou em nota a Embraer.

A previsão é que a parceria só tenha efeitos no lucro por ação da Boeing após 2020. O negócio deve gerar sinergias anuais de cerca de US$ 150 milhões – antes de impostos – até o terceiro ano de operação.

Após concluída a transação, a nova empresa será liderada por uma equipe de executivos no Brasil, incluindo um presidente e CEO. A Boeing terá o controle operacional e de gestão da joint venture, que responderá diretamente a Dennis Muilenburg, presidente e CEO da Boeing.

Entretanto, a Embraer terá poder de decisão sobre alguns temas estratégicos. Entre eles, a transferência das operações do Brasil. A empresa espera que o resultado da operação, descontados os custos de separação, seja de aproximadamente US$ 3 bilhões.

Nova parceria na área de defesa

Além disso, as empresas chegaram a um acordo sobre os termos de uma segunda joint venture. Dessa vez, seria uma nova empresa dedicada a promover e desenvolver novos mercados área de defesa, princialmente para o avião multimissão KC-390. De acordo com a parceria, a Embraer deterá 51% das ações da nova empresa e a Boeing, os 49% restantes da participação acionária.

Carlo Cauti

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