Confira quais foram as small caps que mais valorizaram em julho

As ações listadas no SMLL ainda mostram uma desvalorização acumulada de 12,76% em 2020. Apesar disso,as empresas de menor capitalização de mercado continuaram a boa performance e o índice que replica a carteira teórica de small caps da B3 subiu 9,5% em julho.

No mesmo período, o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, encerrou com um aumento de 8,27%, aos 102.912 pontos. O desempenho superior do SMLL reflete o cenário de algumas small caps, que decolaram no mês passado.

As empresas se beneficiaram da melhora do ambiente político no Brasil, assim como das flexibilizações das medidas de isolamento social. Outro fator que impulsionou o crescimento foi a baixa taxa Selic, a 2,25% ao ano durante o mês de julho.

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De acordo com o analista da SUNO Research, Rodrigo Weinberg, o destaque do mês fica com a Cogna Educação (COGN3), antiga Kroton. “Tivemos a forte valorização da companhia após o IPO [oferta pública inicial de ações] Vasta na Nasdaq, com uma demanda muito superior a oferta, da ordem de 15 vezes. (…) A visão do mercado é de que eles podem se beneficiar com isso e destravar valor na companhia”.

Com isso, ressaltando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, veja quais foram as small caps que mais se valorizam no mês passado.

Banco Inter

O Banco Inter (BIDI3; BIDI4; BIDI11) foi o grande destaque de julho entre as empresas de menor valor de mercado listadas na B3. A fintech mineira acumulou uma forte alta no período, bem como no ano.

A empresa anunciou na segunda quinzena o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) adicionais, aos acionistas, no valor bruto total de R$ 7.418.362,84. Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou que o banco chegou a os 6 milhões de correntistas.

Os analistas avaliam que o Banco Inter ainda desfruta de pouco participação no mercado de crédito, o que deixa potencial para expansão de suas operações.

Certo foi que a fintech conseguiu surfar na onda de retomada da bolsa de valores e anotou uma alta de 43,3%, segundo dados da FactSet, cravando o primeiro entre as small caps que mais crescem em julho.

Mills

A prestadora de serviços de engenharia Mills (MILS3) veio logo atrás com um aumento de 41,9% no preço de seus papéis.

A empresa, que realizou sua IPO em 2010, também acompanhou o bom humor do mercado no último mês. Nesse sentido, a companhia se beneficiou da expectativa de retomada da construção civil, assim como do otimismo por conta de futuras concessões e obras de infraestrutura do governo.

A empresa atua em 30 endereços no território nacional, no ramo de trabalhos em altura e construções de alta complexidade há 66 anos.

Even

A construtora e incorporadora Even (EVEN3) foi outra small cap que chegou ao top 5 em valorização no mês de julho. A empresa, da mesma forma que sua antecedente, se valeu dos olhos dos investidores para o futuro da construção civil no País.

Além disso, o Credit Suisse analisou o segmento em junho e avaliou as empresas que mostraram melhor desempenho na tentativa de voltar à normalidade após um longo período de isolamento social. Dessa forma, o banco suíço selecionou a Even como dos três melhores negócios no setor de construção por conta de sua resiliência.

No mês de julho ainda ocorreu o pedido de IPO da subsidiária Melnick Even, que deve incluir ofertas primária e secundária. Com isso, o cenário ficou favorável e Even conseguiu registrar um crescimento de 33,6% no período.

JHSF

Para a JHSF (JHSF3), além das expectativas positivas para o setor imobiliário, julho foi bastante cheio. No início do mês passado, a empresa anunciou uma parceria com a XP Inc. para a construção  da nova sede da empresa do mercado financeiro chamado “Villa XP”.

No decorrer do período, a companhia ainda teve de lidar com a suspensão das operações em unidades, assim como a retomadas de suas atividades, como foi o caso do do Catarina Fashion Outlet. A empresa ainda informou que pretende reabrir o Hotel Fasano Angra dos Reis em 15 de agosto.

Além disso, a JHSF destacou que as vendas contratadas alcançaram R$ 339,7 milhões no segundo trimestre deste ano. E, se já não era o bastante, a empresa comunicou que iria realizar uma oferta subsequente de ações (follow-on), precificada em R$ 9,75 por ação.

Tudo isso resultou em uma alta nas ações da companhia do setor imobiliário, que apresentou uma valorização de 29,9% em julho.

Via Varejo

Por último, mas não menos importante, vem a Via Varejo (VVAR3). A dona da Casas Bahia e do Ponto Frio esteve no meio de uma grande polêmica no mês passado.

No dia 20, a conta oficial da companhia no Twitter publicou dados de suas vendas online entre os meses de maio e junho. As postagens mostravam números de forte crescimento nos segmentos de:

  • televisores (1.900%);
  • equipamentos de som (1.500%);
  • itens de informática e de escritório (1.400%);
  • fornos e fogões (750%);
  • refrigeradores e lavadoras (300%).

Questionada pela CVM, a varejista informou que a divulgação dos dados não foi autorizada e saltou os números no dia seguinte.

Após o episódio, as ações da varejista foram negociadas com volatilidade, o que não não impediu os papéis de subirem 27,5% em julho, atingindo o quinto e último lugar entre as small caps que mais se valorizaram no mês.

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Arthur Guimarães

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