Confira as 5 ações de empresas que mais desvalorizaram em 2019

O ano de 2019 foi recheado de boas notícias para investidores da Bolsa de Valores de São Paulo. O índice bateu altas recordes e está no patamar de 115 mil pontos, uma pontuação nunca antes vista. As ações das empresas brasileiras cotadas na B3 tiveram, em geral, bons desempenhos em um ano de “bull market”.

Contudo, houveram algumas ações de muitas empresas brasileiras sofreram bruscas desvalorizações neste ano. Por isso elencamos “As cinco empresas que mais desvalorizaram em 2019”. Vale ressaltar que a análise foi feita do dia 31 de dezembro de 2018 até o dia 20 de dezembro de 2019.

Braskem

Entre as empresas que mais desvalorizaram em 2019 está a Braskem (BRKM3). A empresa, controlada pela Organização Odebrecht com participação da Petrobras, atua no setor químico e petroquímico com o escritório central localizado na cidade de São Paulo.

A Braskem, que em fevereiro atingiu R$ 45 bilhões, em agosto viu sua menor avaliação, de R$ 21,6 bilhões, desde dezembro de 2016, quando aconteceram as delações da controladora da Odebrecht.

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No início de 2019, as ações da empresa estavam cotadas em cerca de R$ 45,00, no dia 20 de dezembro, as mesmas são cotadas a R$ 30,00.

CVC

Entre as empresas que mais perderam valor em 2019 está também a CVC (CVCB3). O analista da SUNO, João Arthur Almeida, nos explicou que: “A CVC passou por uma ‘tempestade perfeita’ neste ano, que envolveu a saída da Avianca do mercado, o que encareceu os pacotes da CVC. Além disso, houve a crise na Argentina, em que a empresa há uma parcela de sua receita vindo do país.”

No segundo trimestre de 2019, a agência de viagens reportou o prejuízo de R$ 17,4 milhões, calculado com base no período de abril a junho. No ano passado, a empresa teve um lucro líquido de R$ 24,8 milhões.

No início do ano, as ações da CVC (CVCB3) estavam cotadas a cerca de R$ 61,00, no dia 20 de dezembro, encerrou cotada a R$ 43,59.

Embraer

A Embraer (EMBR3) é uma fabricante de aviões comerciais, executivos, agrícolas e militares, peças aeroespaciais, serviços e suporte na área.

A Embraer teve prejuízo atribuído aos acionistas de R$ 314,4 milhões no terceiro trimestre deste ano. Vale destacar que no segundo trimestre a empresa registrou lucro de R$ 26,1 milhões.

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O prejuízo da Embraer aumentou mais de seis vezes em comparação com as perdas do mesmo período de 2018. Entre janeiro e setembro, a fabricante de aeronaves acumula um prejuízo de R$ 449,1 milhões.

No início do ano, as ações da empresa estavam cotadas a cerca de R$ 21,60, no dia 20 de dezembro, as mesmas encerraram a R$ 19,65.

Ultrapar

A Ultrapar (UGPA3) atua nos setores de distribuição de combustíveis, por meio da Ipiranga e da Ultragaz; produção de especialidades químicas, por meio da Oxiteno; serviços de armazenagem para granéis líquidos, por meio da Ultracargo; e drogarias, por meio da Extrafarma.

O lucro líquido obtido pela empresa no segundo trimestre deste ano, foi de R$ 120,7 milhões. Em comparação ao mesmo período de 2018, a quantia caiu quase pela metade.

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Especialistas estimavam um resultado mais positivo para a Ultrapar, algo em torno de R$ 250,5 milhões. O resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) foi de R$ 677,2 milhões entre abril e junho. Isso significa uma baixa de 5,7% na comparação anual.

Smiles

O analista da SUNO ressalta que, sobre a Smiles (SMLS3): “Teve muita polêmica em relação a Gol e sua tentativa de fechamento de capital. É uma questão que acontece até hoje e não é claro como isso ocorrerá. O controlador acabou tomando algumas ações que impactaram no preço da ação da empresa.”

A empresa de milhagens registrou queda de 29,5% no lucro líquido do terceiro trimestre de 2019 em relação ao mesmo período em 2018. O valor do lucro líquido é correspondente a R$ 149,6 milhões.

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Já em comparação ao segundo trimestre, esse recuo é de 4,0%. De acordo com o lucro antes de juros, impostos e amortização, o Ebitda, a queda anual da Smiles chegou a 11,0%.

Ademais, a receita líquida resultou em R$ 279,3 milhões, uma alta de 6,1% comparado a julho e setembro do ano passado. E 0,5% acima ao segundo trimestre de 2019.

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Essa matéria não é uma recomendação de investimento, cabe ao investidor identificar a melhor oportunidade que se encaixa com o perfil de risco. Para isso, a SUNO Research tem os melhores relatório sobre ações de empresas brasileiras para auxiliar na decisão.

Rafael Lara

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