Confira as 4 melhores ações para o segundo semestre de 2019

Nas últimas semanas o Ibovespa registrou um andamento muito positivo, superando vários recordes históricos. Entre diversos fatores, o maior influenciador do principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo é a reforma da Previdência. Uma mudança fundamental no orçamento público brasileiro, que gera otimismo no mercado para uma retomada econômica. Por isso, as ações na B3 acabam se valorizando.

Com a tramitação na Comissão de Constituição e Justiça e na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, o mercado passou a reagir positivamente e os investimentos aumentaram. Por isso, durante o primeiro semestre deste ano as ações listadas no Ibovespa registraram uma alta acumulada de 14,88%.

O índice bateu a marca dos 100 mil pontos neste ano e segue acima do patamar, tanto que na última sexta-feira (5) chegou a 104 mil pontos.

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Com o cenário interno favorável, a Bolsa de Valores se torna ainda mais atraente para quem pensa em investir em renda variável. Mas você já se perguntou: “Quais seriam as melhores ações nesse momento?”. Não?. Então confira a dica do CEO da Suno Research, Tiago Reis, sobre quais papéis devem ser analisados com atenção neste segundo semestre.

4 principais ações para o 2º semestre de 2019

  1. Mahle-Metal Leve (LEVE3)
  2. BB Seguridade (BBSE3)
  3. Suzano (SUZB3)
  4. AES Tiete Energia (TIET11)

Mahle-Metal Leve (LEVE3)

A Mahle foi fundada em 1920, em Stuttgart na Alemanha, e é líder mundial em componentes para motores. Em 1951, a empresa se instalou no Brasil tornando-se sócio fundador da empresa Metal Leve.

No ano passado, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 293,05 milhões, valor 30,43% maior ao lucro líquido de 2017 que foi de R$ 224,69 milhões.

Além disso, a receita líquida da empresa também cresceu, passando de R$ 2,26 bilhões em 2017 para R$ 2,59 bilhões em 2018, registrando uma alta de 14,45%.

Sobre os papéis da Mahle Metal Leve, Reis afirma que a empresa mostrou potencial para superar a crise nacional e deve ir ainda melhor com a retomada econômica.

De acordo com o CEO da SUNO Research, é uma “empresa multinacional muito bem operada. Está com um yield interessante. Se mostrou competitiva nos piores momentos da economia. Tende a se beneficiar com a atividade econômica”.

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Embora tenha recuado durante o primeiro trimestre, onde registrou um lucro líquido 10,4% menor em relação ao mesmo período de 2018, a empresa deve alavancar, seguindo o andamento da economia nacional.

O cenário para investir na ação se torna mais favorável à medida que reforma da Previdência prossegue na tramitação em busca da aprovação final do texto.

BB Seguridade (BBSE3)

A BB Seguridade é uma controlada do Banco do Brasil. Foi criada em dezembro de 2012, quando a instituição financeira criou uma divisão para o setor de seguros e abriu seu capital na Bolsa de Valores.

A empresa trabalha com:

  • Seguros;
  • Previdência aberta;
  • Capitalização;
  • Serviços de corretagem;

Em 2018 a empresa registrou um lucro líquido de R$ 3,5 bilhões. Já no primeiro trimestre deste ano, registrou um lucro liquido ajustado de R$ 1 bilhão, uma alta de 11,7% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 907,389 milhões).

Saiba mais: BB Seguridade tem lucro liquido de R$ 1 bi no primeiro trimestre, alta de 11,7%

De acordo com a BB Seguridade, a alta foi puxada pela evolução de 60,8% do resultado financeiro combinado pelas empresas do grupo, impulsionado pela deflação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) durante o período de atualização das reservas dos planos.

Segundo Reis, as ações da subsidiária do Banco do Brasil são interessantes por ser “um papel mais defensivo. Altamente rentável e com um yield interessante”.

Suzano (SUZB3)

Suzano é uma empresa brasileira que trabalha com papel e celulose, sendo um das dez maiores do mercado de celulose e líder mundial no segmento de papel.

Apesar de conseguir um quarto trimestre de 2018 com resultados impressionantes, com uma alta de 308% no lucro líquido na comparação anual, a empresa registrou queda no primeiro trimestre deste ano.

A receita líquida da empresa até chegou a registrar uma alta de 90% em relação a 2017, chegando a R$ 5,7 bilhões no período de janeiro a março. Entretanto, não foi o suficiente, e a Suzano registrou um prejuízo de R$ 1,23 bilhões no primeiro trimestre de 2018.

Saiba mais: Suzano tem prejuízo de R$ 1,23 bi no 1º trimestre e ações caem 8% na B3

Com isso, os papéis da empresa passaram a se desvalorizar na Bolsa de Valores de São Paulo, devido a incertezas sobre os próximo resultados e também por causa da cautela sobre uma possível retomada no mercado.

No entanto, o CEO da Suno Research indica a empresa como um dos principais investimentos a serem analisados no segundo semestre deste ano. Isso por causa da queda do valor de suas ações, que deveriam se recuperar em breve.

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“A ação caiu muito nas últimas semanas, com a queda dos preços da celulose. É um movimento de mudanças do estoque que julgamos ser pontual. Quando os estoques forem normalizados e acreditamos que a lucratividade da empresa volte e o mesmo pode acontecer com os preços das ações”, afirmou Reis.

AES Tiete Energia (TIET11)

AES Tietê Energia é uma empresa de geração de energia elétrica pertencente ao grupo AES Brasil.

No primeiro trimestre de 2019, a empresa registrou um aumento de 13% em seu lucro líquido chegando a R$ 62 milhões. No ano anterior foi registrado um total de R$ 54,8 milhões.

Saiba mais: AES Tietê tem aumento de 13% no lucro líquido no 1° trimestre de 2019

Além disso, a receita operacional líquida chegou a R$ 501 milhões aumento de 16,5% em comparação com o mesmo período em 2018. Enquanto isso, a margem operacional líquida foi de R$ 346,2 milhões no período, superior aos R$ 342,2 milhões adquiridos em 2018.

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Para Tiago Reis, as ações da empresa são interessante por que “a empresa tem alguns investimentos entrando em operação e isso deve tirar risco hidrológico e aumentar a receita. O papel, como não andou muito nos últimos meses, ficou barato”.

Renan Bandeira

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