Concorrente sobe mais de 17% em NY com corte de produção da Vale

Após a Vale (VALE3) anunciar um corte em sua produção, em razão da tragédia em Brumadinho (MG), as ações da mineradora americana Cleveland-Cliffs subiram 17,30% nesta quarta (30). Foi uma das maiores altas da Bolsa de Nova York.

O volume dos papéis negociado da Cleveland-Cliffs passou dos 6 milhões nos primeiros 20 minutos após a abertura. A média diária é de 7,9 milhões. Outras mineradoras de ferro com ações negociadas na Bolsa de Nova York também tiveram ganhos. Os papéis da Rio Tinto subiram 0,70% e da BHP, 2,1%. Até mesmo a Vale subiu 8,1%. Em comparação, o índice S&P 500 subiu 0,75%.

Além do corte na produção, a mineradora brasileira vai ter que arcar com pesadas penalidades em razão da tragédia causada em Brumadinho.

Saiba mais: Ibovespa tem alta de 1,42%; ações da Vale sobem 9%

As penas e a repercussão negativa sobre a Vale

De lá para cá, as penas sobre a mineradora só aumentam:

  • 29/01: Escritórios dos Estados Unidos informam que pretendem abrir uma ação coletiva contra a mineradora brasileira;
  • 29/01: A mineradora anuncia que vai doar R$ 100 mil a cada família afetada;
  • 28/01: Fitch rebaixa a nota de crédito da mineradora de BBB+ para BBB-;
  • 28/01: ADRs da empresa caem 16% em Nova York;
  • 28/01: Vale perde R$ 71 bilhões em valor de mercado, o maior tombo num só dia na história da Bolsa brasileira;
  • 28/01: Investidores da Suécia e da Noruega dizem que devem retirar suas aplicações da Vale;
  • 27/01: Bloqueio à mineradora pela Justiça chega a R$ 11 bilhões. O valor representa 45% do que a mineradora possui em caixa
  • 27/01: AGU diz que multa aplicada à mineradora será só a primeira;
  • 26/01: Ibama multa a empresa em R$ 250 milhões;
  • 26/01: Ministério Público de MG pede o bloqueio de R$ 5 bilhões da Vale
  • 26/01: Agência de classificação de risco Standard & Poor’s colocou a nota da mineradora sob observação, com possíveis implicações negativas;
  • 25/01: Ações da Vale na Bolsa de Nova York despencam logo após a tragédia.
Guilherme Caetano

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