Comissão Europeia adia decisão sobre acordo entre Embraer e Boeing

A Comissão Europeia adiou nesta quarta-feira (22) o prazo para análise do acordo entre a Embraer (EMBR3) e a Boeing. O órgão antitruste da União Europeia definiu a data de 7 de agosto para se posicionar sobre o acordo comercial.

A autoridade de defesa já havia prorrogado o prazo da decisão sobre a operação, na segunda quinzena de março. Na ocasião, a Comissão Europeia havia pedido por informações adicionais sobre o acordo entre a Embraer e a Boeing. No entanto, a data limite estipulada para o pronunciamento da posição do órgão, para 23 de junho, perdeu a validade.

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A aprovação da Comissão Europeia, que vem adiando a decisão, é o último passo para a concretização do acordo comercial entre as duas fabricantes de aeronaves. Outro obstáculo no âmbito das aprovações necessárias é a data limite acertada entre as duas companhias para o fechamento do negócio, na sexta-feira (24).

A Embraer informou, por meio de comunicado divulgado nesta quarta-feira, que as duas fabricantes estão avaliando a extensão do prazo. Não obstante, a companhia ponderou que “não há garantias” quanto a prorrogação da data limite inicial.

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A crise resultante da pandemia do novo coronavírus (covid-19), assim como a crise do 737 Max, afetam o fechamento da operação. Dessa forma, as dúvidas quanto a concretização aumentam para um acordo confirmado em dezembro de 2017.

Boeing: acordo com Embraer é estrategicamente importante

O vice-presidente financeiro da Boeing, Greg Smith, informou, no final do mês anterior, que a compra do controle da divisão comercial da Embraer continua estrategicamente importante para a companhia.

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No entanto, o vice-presidente da Boeing afirmou que a companhia norte-americana está evitando novas dívidas. Dessa forma, cenário pessimista criado pela pandemia do novo coronavírus pode interferir de forma negativa nas negociações da empresa com a Embraer.

Durante a entrevista, Smith ressaltou ainda que as negociações não serão concluídas neste momento. Isso porque, além da necessidade de evitar dívidas, o executivo falou sobre as turbulências dos mercados globais.

“Agora não. Os mercados estão basicamente fechados. Quero dizer, realmente não há muitas oportunidades para dívidas adicionais. Esse é um dos desafios”, informou o vice-presidente da companhia norte-americana.

Arthur Guimarães

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