Com problemas ambientais no Brasil, Norsk Hydro vai trocar CEO

A Norsk Hydro afirmou nesta segunda (18) que vai substituir seu presidente-executivo em maio. Atualmente, a empresa se esforça para retomar a produção total da unidade Alunorte, no Pará – a maior refinaria de alumina do mundo.

A executiva da área de Metais Primários da Norsk Hydro, Hilde Merete Aasheim, deve substituir o atual presidente Svein Richard Brandtzaeg, no cargo há uma década.

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“Estou confiante de que nós temos o que é preciso para tornar a atual situação, que é desafiadora, para a Hydro e a indústria global de alumínio, em oportunidades que vão preparar a empresa para o futuro”, declarou Aasheim.

Uma das maiores produtoras de alumínio do mundo, a companhia enfrenta uma queda no preço de suas ações no último ano. Desde que a Justiça brasileira embargou a planta de Alunorte após um vazamento de rejeitos, os papéis da companhia norueguesa caíram 40%.

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Em janeiro, porém, o governo do Pará retirou a suspensão sobre a refinaria. Com isso, a empresa anunciou que pretende retomar a plena produção da Alunorte, localizada em Barcarena, arredores de Belém.

Naquele dia, a notícia impulsionou as ações em Oslo em mais de 5%. A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) divulgou uma nota técnica cancelando o embargo e informando que as operações normais poderiam ser retomadas com segurança.

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“A decisão da Semas é um reconhecimento importante de que as operações da Alunorte são seguras. Continuaremos o diálogo com as autoridades em busca da retomada total da produção”, declarou John Thuestad, vice-presidente-executivo de bauxita e alumina da Hydro no Brasil.

A refinaria operava com metade de sua capacidade desde o início de 2018. A Norsk Hydro chegou a admitir ter realizado emissões não autorizadas de água não tratada durante fortes chuvas.

Guilherme Caetano

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