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CMN define meta de inflação de 2023 em 3,5%; menor em 20 anos

O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou nesta quinta-feira (25) a meta de inflação para 2023 em 3,35%, enquanto o intervalo de tolerância foi mantido em 1,5 ponto percentual, para cima ou para baixo.

A decisão do CMN mantém a tendência de queda da meta de inflação, que já dura quatro anos. O Conselho anunciou, em 2017 quando o percentual a ser atingido era de 4,5%, que a meta passaria a cair a parir de 2019. Segundo o órgão, o objetivo era aproximar dos padrões observados internacionalmente.

Nesse sentido, passou-se a ver um corte de 0,25 ponto percentual ao ano a partir de então, ficando na casa dos 4,25% em 2019; em 3,75% em 2021 e 3,5% em 2022.

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“Com isso, há redução de incertezas, e aumento da capacidade de planejamento das famílias, empresas e governo”, comunicou o Ministério da Economia, em nota. “Ao mesmo tempo, a decisão de reduzir a meta de inflação é coerente com a elevada credibilidade da política monetária”.

De acordo com a pasta, a aprovação e a manutenção do teto de gastos, bem como da Reforma da Previdência, reduziram a trajetória dos gastos públicos. Esse movimento também criou “um ambiente favorável para uma redução estrutural da inflação e dos juros de equilíbrio”, avaliou o Ministério.

“Mesmo diante de choques adversos, o compromisso do governo com o equilíbrio fiscal intertemporal, refletido na manutenção do teto de gastos, mantém o ambiente favorável à estabilidade macroeconômica”, destacou.

Brasil tem a menor meta de inflação em 20 anos

Com a decisão do CMN, o País passa a apresentar a menor meta de inflação dos últimos 20 anos. A última vez que o Brasil teve um percentual de 3,25% foi no ano de 2003, com margem de 2,0 pontos percentuais de tolerância.

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Esse objetivo foi estabelecido dois anos antes, em 2011, porém acabou sendo revisado duas vezes até chegar a 8,5%, sem intervalo de tolerância. Naquele ano, entretanto, a inflação encerrou na casa dos 9,3%.

Arthur Guimarães

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