CMN estende restrição para o pagamento de dividendos até dezembro

O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou nesta sexta-feira (29) que  irá estender a restrição das instituições financeiras para o pagamento de dividendos até o dezembro deste ano.

A prorrogação da medida, em conformidade com a Resolução 4.797 do dia 6 de abril de 2020, tem como objetivo a manutenção do crédito, assim como assegurar a eventual absorção de perdas futuras.

De acordo com nota divulgada, a decisão do órgão do Banco Central (BC) estabeleceu requisitos prudenciais transitórios com o intuito de amparar o colchão de recursos das instituições financeiras e garantir sua dispensabilidade imediata.

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Dessa forma, com o novo anúncio, as restrições continuam vigentes, além de

  • vedação ao pagamentos de dividendos acima do mínimo obrigatório;
  • aumento da remuneração da alta administração;
  • recompra de ações;
  • redução do capital social.

O Conselho ainda informou, por meio meio da nota, que ao ampliar a incidência a todo exercício deste ano, espera-se maior conservadorismo na preservação de recursos e simplificação da apuração dos limites passíveis de distribuição.

Saiba mais: CMN impede bancos de pagar dividendos durante crise do coronavírus

Dessa maneira, os eventuais pagamentos dentro dos limites do estabelecidos devem ser realizados com prudência, em razão das incertezas causadas pela crise do novo coronavírus, informou a autarquia.

Lucros e dividendos na Europa devem cair pela metade

De acordo com projeções de analistas, o pagamento de lucros e dividendos de empresas europeias devem cair pela metade neste ano, em função do cenário de crise econômica.

Conforme dados bancos Barclays e o Cit, uns dos poucos que realizaram uma estimativa de tal impacto, esse pagamento pode ter uma queda de 40% a 50%.

“Esperamos que as consequências econômicas do Covid-19 sejam tão severas quanto a recessão de 2008-09, mas mais breves”, destacou o estrategista de ações do Barclays na Europa, Emmanuel Cau, sobre a queda nos lucros  e dividendos pagos.

Arthur Guimarães

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