Claro tem recurso negado pelo Cade; acordo entre TIM e Vivo é mantido

O Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade) negou, nesta quarta-feira (3), o recurso da Claro contra o acordo de compartilhamento de redes fechado entre as concorrentes TIM (TIMP3) e Vivo, controlada pela Telefônica (VIVT4). A decisão do plenário da autarquia foi unânime.

A parceria entre as empresas já havia sido aprovada pela área técnica do Cade. No entanto, a Claro abriu um recurso e solicitou que o acordo fosse revisado pelo plenário do órgão antitruste. A empresa questionava os aspectos concorrenciais do acordo.

A Claro também solicitava que fosse garantida pelo Cade uma oferta pública de roaming de dados para todas as localidades em que a TIM e a Vivo operassem em monopólio.

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Entretanto, todos os conselheiros acompanharam o voto da relatora, Lenisa Prazo, e seu corpo técnico. O plenário, todavia, salientou que caso algum efeito negativo na concorrência fosse observado, a matéria voltaria a ser analisada.

Agora, a decisão do Cade será encaminhada para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para que entre em vigor.

Claro registra queda de 41,6% no lucro líquido

A companhia, controlada pela mexicana América Movil, registrou lucro líquido de R$ 186,49 milhões no primeiro trimestre de 2020. Esse valor é equivalente a uma queda de 41,65% em comparação com o mesmo período no ano anterior.

A operadora de telecomunicações afirmou estar “ciente de que esta crise tem um impacto ainda limitado no desempenho operacional e financeiro deste primeiro trimestre de 2020”. Entretanto, a Claro reconheceu que “os próximos meses serão muito mais desafiadores, especialmente enquanto o cenário do isolamento for mantido”.

O Ebtida (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 7,8%, para R$ 3,68 bilhões. A receita líquida registrou alta de 3,5% na comparação anual, para R$ 9,3 bilhões.

A base de assinantes do segmento pré-pago da Claro atingiu 26,8 milhões. Incluindo os clientes do serviço pós-pago, a operadora encerrou o mês março com 55,1 milhões de clientes móveis.

Jader Lazarini

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