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Cielo: corte nos dividendos deve-se a maiores investimentos, diz CEO

O CEO da Cielo (CIEL3), Paulo Caffarelli, informou neste sábado (25) que a Cielo decidiu cortar os dividendos para aumentar a fatia dos investimentos em um mercado competitivo. As informações são da agência “Reuters”.

Na última sexta-feira (24), a Cielo anunciou o corte no percentual de lucro pago como dividendos, de 70% para 30%. Além disso, a empresa extinguiu o “guidance“, ou seja, as estimativas para os lucros em 2019. No ano passado, a empresa havia pago 106% de seu lucro em dividendos.

Abaixo você pode conferir o histórico de dividendos por ação da empresa nos últimos anos.

Caffarelli contou à agência que a credenciadora de cartões deseja aumentar investimentos em tecnologia. E desenvolver novos serviços e produtos. E até mesmo a companhia poderá fazer aquisições (o CEO detalhou as possíveis  aquisições).

“Queremos aumentar nosso caixa para enfrentar um mercado cada vez mais competitivo”, disse Caffarelli. No primeiro trimestre de 2019, a companhia aumentou sua participação de mercado. Fato que não ocorria desde 2017.

A decisão da maior credenciadora de cartões do Brasil, reflete o posicionamento contra o forte aumento de concorrência no mercado de adquirência de cartões. Novas empresas adentram o segmento, como a PagSeguro e a Stone.

Saiba mais – Guerra das maquininhas: com “Vendeu, recebeu” Cielo reage à concorrência

Cielo aumenta participação no mercado de pagamentos

A Cielo aumentou sua participação no mercado de pagamentos para 41,8% no primeiro trimestre de 2019. Desta forma, avalia-se que a empresa conseguiu reagir à acirrada competição das concorrentes em meio à guerra das maquininhas.

O crescimento da participação no mercado da Cielo, marca criada pelo Bradesco (BBDC3) e pelo Banco do Brasil (BBAS3), foi de 0,6% em relação ao quarto trimestre de 2018. O cálculo da participação de mercado considera os volumes financeiros das principais empresas do setor de pagamentos. Dessa forma, são elas:

  • Cielo;
  • Rede, do Itaú Unibanco (ITUB4);
  • GetNet, do Santander Brasil (SANB3);
  • PagSeguro, do UOL;
  • Stone;
  • e Vero, do Banrisul.

Assim, o volume financeiro da Cielo no primeiro trimestre de 2019 foi de R$ 156 bilhões. Desse total, 65% foram oriundos de grandes estabelecimentos, porém, a empresa informa que busca essa participação também dos clientes menores.

Das principais rivais da Cielo, a Rede e a GetNet perderam market share no período. Em contrapartida, a PagSeguro e a Stone ganharam.

Amanda Gushiken

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