China: Pequim distribuirá US$ 1,7 bi em vouchers para consumo da população

Pequim, a capital da China, assim como os governos de diversas regiões do país, irá emitir vouchers para estimular o consumo das famílias em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Serão distribuídos US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 8,73 bilhões) em cupons de desconto.

Segundo informações da agência de notícias “Bloomberg”, os cupons liberados pelo governo da capital da China poderão ser utilizados em compras on-line ou em lojas físicas, uma tentativa de procurar movimentar setores como restaurantes, turismo, comércio, educação e esportes.

As vendas do varejo em Pequim caíram 20,4%, de janeiro a abril desde ano, sendo uma baixa superior à queda nacional de 16,2%. A medida, que entrará em vigor no próximo sábado (6), procura mitigar esse efeito da pandemia.

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Através de sistemas de pagamento, cerca de 50 cidades do país já distribuíram vouchers no valor total de mais de 6 bilhões de yuans (aproximadamente R$ 4,32 bilhões). De acordo com a “Bloomberg”, as principais cidades que aderiram a proposta são Wuhan (11,08 milhões de habitantes), Hangzhou (10,36 milhões de habitantes), Shenzhen (12,53 milhões de habitantes) e Nanjing (8,5 milhões de habitantes).

China comprará US$ 56 bi em empréstimos

O Banco Popular da China informou, na noite da última segunda-feira (1), que comprará 400 bilhões de yuans, o equivalente a US$ 56,1 bilhões (cerca de R$ 287,6 bilhões) em fatias de empréstimos não garantidos de pequenas e médias empresas.

A política monetária mais agressiva da potência asiática é um esforço para estimular a economia do país em meio à recuperação dos impactos da pandemia. A autoridade monetária chinesa comprará até 40% dos empréstimos com vencimento em até seis meses, realizados a partir de março.

Em comparação ao pacote de estímulos de 1,7 trilhão de yuans anunciado pela China no mês passado, o montante agora divulgado pode ser pequeno, no entanto, segundo Ding Shuang, economista da Standard Chartered, esse programa é “significativo em relação ao montante total de empréstimos feitos a pequenas e micro empresas”. “Isso os ajudará muito”, disse ao jornal “The Wall Street Journal”.

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A medida vem logo após o governo da China desistir de estipular uma meta para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Essa é a primeira vez que o Estado chinês não divulga uma meta para o desempenho de sua economia desde 1994. No primeiro trimestre deste ano, a atividade econômica chinesa recuou 6,8%.

Jader Lazarini

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