Após queda, China e Indonésia proíbem voos do Boeing 737 Max 8

Após a queda de um Boeing 737 Max 8 na Etiópia no último domingo (10), matando as 157 pessoas que estavam a bordo, China e Indonésia decidiram vetar suas companhias aéreas de operarem voos com esse modelo de avião.

O Boeing 737 Max 8 saía de Addis Ababa, na Etiópia, com destino a Nairóbi, capital do Quênia. Operado pela Ethiopian Airlines, o avião caiu seis minutos após levantar voo. Em outubro passado, um mesmo modelo caiu na costa da Indonésia, causando a morte das 189 pessoas a bordo.

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A Administração da Aviação Civil da China (Caac) anunciou em comunicado que vai notificar as companhias aéreas do país sobre a proibição. A ordem só será revogada quando o órgão se certificar com a Boeing e a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos a respeito da segurança desse tipo de avião.

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“Dado que dois acidentes envolveram aviões Boeing 737 MAX 8 recém-entregues e aconteceram durante a fase de decolagem, eles têm algum grau de similaridade”, disse a Caac. O receio parece ter se espalhado para muitas pessoas. De acordo com a agência Bloomberg, passageiros estão relatando nas redes sociais medo de voar no avião e questionando as companhias se vão continuar operando com o modelo.

A brasileira Gol, por sua vez, anunciou que vai manter em operação as sete aeronaves desse modelo em rotas internacionais enquanto acompanha as investigações acerca da tragédia na Etiópia. “A Gol mantém contato próximo com a Boeing para esclarecimentos. A companhia reitera a confiança na segurança da sua operação”, informou a companhia em comunicado.

O reflexo da decisão foi sentido na Bolsa. As ações da empresa recuavam 3,8% às 11h50, apesar de alta de 2% no Ibovespa. Contribuiu também a notícia de que a Azul fez proposta para comprar cerca de 60% das operações da Avianca Brasil.

Guilherme Caetano

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