China exclui tarifas de 16 categorias de produtos dos Estados Unidos

A Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado da China publicou, nesta quarta-feira (11), uma lista de produtos dos Estados Unidos que serão isentos de tarifas que estavam sendo cobradas desde 2018.

Em outubro, os dois países devem se reunir novamente para negociar um acordo sobre a guerra comercial entre as potências. As tarifas sobre produtos dos EUA foram sanções impostas pelo governo da China a fim de abalar a economia norte-americana, como resposta as imposições de Donald Trump sobre os produtos chineses.

As isenções serão aplicadas a partir de 17 de setembro e valerão por um ano. Vale ressaltar que esta é a primeira vez que a China retira cobrança de tarifas impostas anteriormente. Entretanto, produtos como carne de porco e soja continuarão com tarifas diferentes.

De acordo com o editor do “Global Times”, Hu Xijin, a China irá impor novas medidas para diminuir o impacto negativo da guerra comercial. “As medidas vão beneficiar algumas empresas da China e dos EUA“, afirmou o editor.

Retorno dos negócios

Mesmo após a imposição de tarifas entre ambos os países, agravando ainda mais a guerra comercial, o vice-premier chinês, Liu He, o representante americano, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnunchin, conversaram por telefone no dia 5 de setembro.

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De acordo com o comunicado, os dois países concordaram em “trabalhar juntos visando sanções práticas para criar confissões favoráveis para as consultas”, além disso, informaram que  “manterão uma estreita comunicação”, antes das negociações iniciarem.

Superávit comercial da China cai em agosto

A China registrou um superávit comercial de US$ 34,8 bilhões em agosto. Um resultado baixo em relação aos US$ 45,1 bilhões registrados em julho.

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Os dados sobre o resultado comércio exterior foram divulgados pela Administração Geral das Alfândegas da China no último domingo (8). Os analistas esperavam um resultado superior, por volta de US$ 44,2 bilhões.

O resultado negativo da balança comercial ocorreu no meio ao agravamento das tensões comerciais entre China e Estados Unidos. As exportações chinesas caíram 1% no mês passado em relação ao ano anterior.

Juliano Passaro

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