China classifica lei imposta a Hong Kong como ‘programa antivírus’

O vice-diretor do departamento de assuntos de Hong Kong, Zhang Xiaoming,  informou, na última segunda-feira (8), que a nova lei da China vai “reforçar” a política de “um país, dois sistemas”. Xiaoming classificou a legislação como “um programa antivírus”.

“Quando essa lei entrar em vigor, será como se tivéssemos instalado um programa antivírus em Hong Kong, para que o princípio de ‘um país e dois sistemas’ funcione de maneira mais segura, suave e duradora”, disse o vice-diretor. A nova lei é marcada como uma das escaladas de tensões entre a China e os Estados Unidos.

Em meados de maio, os EUA advertiram o país asiático contra a adoção da legislação em Hong Kong que, segundo Washington, seria desestabilizador para o território.

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“Qualquer tentativa de impor uma lei de segurança nacional que não reflita a vontade dos cidadãos de Hong Kong seria muito desestabilizadora e seria fortemente condenada pelos EUA e pela comunidade internacional” disse o porta-voz da diplomacia norte-americana, Morgan Ortagaus, no mês passado.

No entanto, a autoridade da China afirmou que ao contrário do que foi apontado pelos EUA, a população teria paz e a ordem restaurada, protegidos da violência que marcam o território que pedem por independência.

“Para a maioria dos cidadãos, a legislação dará mais proteção. Eles podem ficar livres do medo da violência. Podem andar de trem e fazer compras livremente. Podem falar a verdade nas ruas sem medo de apanhar”, disse Xiaoming.

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Além disso, alertou a população de que não precisarão ficar preocupados com os jovens que manifestam a favor da democracia “sofrendo de lavagem cerebral para quebrar a lei no impulso e ter uma longa ficha criminal”. Para o vice-diretor, os manifestantes “têm confundido o comedimento e a tolerância demonstrados pelo governo central com fraqueza”.

Há exatamente um ano, teve início de grandes protestos pró-democracia que duraram sete meses em Hong Kong. Os manifestante retornaram às ruas nas última semanas para protestarem contra a nova lei de segurança da China.

Poliana Santos

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