Importações de carne suína brasileira pela China crescem 107% em julho

As exportações de carne suína brasileira para China aumentaram 107% em comparação com o mesmo período no anterior. Esse valor é equivalente a 182.227 toneladas de carne de porco adquirido em julho pelo país asiático.

De acordo com os dados da Administração Geral de Alfândegas do país, esse valor supera o mês de junho, com 160.467 toneladas, mas fica abaixo de maio com 187.500 toneladas. O aumento expressivo das exportações se devem a epidemia da peste suína da China.

Segundo dados do governo chinês, a epidemia que dizimou um terço do maior rebanho de porcos do mundo, já dura um ano. Além disso, a carne favorita dos chineses teve seu preço elevado.

Conforme o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais, os preços em agosto tiveram aumento de 46% em comparação de base anual.

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China é responsável por 28% do aumento da exportação de carne

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal, os sete primeiros meses do ano registraram aumento de 19,6% na exportação de carne suína, em comparação com 2018 esse valor é equivalente a 414,4 mil toneladas exportadas.

Além disso, o Brasil registrou elevação de 5,8% na exportação de frangos. Foram 2,34 milhões de toneladas comercializadas e geração de quatro bilhões de dólares no período. Em comparação de base anual, saldo superior em 10,8%.

Do total das exportações a China é responsável por 28,2% da carne suína e 13% de frango.

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“Hoje, somos o quarto maior produtor mundial de suínos. O Brasil tem elasticidade de ter um grande consumo interno e densidade de volume e adensamento de animais. Os produtores não estão fazendo movimentos exacerbados de expectativas e, sim, aguardando a demanda externa”, disse o presidente da ABPA, Francisco Turra.

Além disso, o presidente ressalta que a expectativa para o encerramento do ano, ou seja, para os doze meses é o acréscimo de 1% na produção de carne e de frango, com 13 milhões de toneladas. Dessa forma, as exportações  devem alcançar volume superior de 4% a  5%, em comparação com 2018.

Ademais, há expectativa que no segundo semestre as importações de carne à China cresça devido ao período festivo do país oriental que aumenta a demanda de carne suína.

Poliana Santos

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