China diz que negociações com EUA sobre comércio avançaram

China e Estados Unidos avançam em questões relacionadas à transferência forçada de tecnologia e a propriedade intelectual, informou o Ministério do Comércio chinês, nesta quinta-feira (10).

Além disso, de acordo com o Ministério, novas negociações serão organizadas. Os assuntos foram abordados durante conversas entre China e Estados Unidos, nesta semana em Pequim.

Essas são as primeiras negociações entre as potencias desde que os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China) se encontram no G20, na Argentina.

Durante o G20, foi acordado pelos países uma trégua de 90 dias na guerra comercial, que havia interrompido o curso de bilhões de dólares em bens.

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Negociações

As negociações estavam planejadas para durar apenas dois dias, nesta semana. Entretanto, duraram três devido à seriedade de ambos os lados, conforme disse em coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng.

Além disso, o porta-voz afirmou que durante as negociações houve um progresso em relação às questões de:

  • Transferência forçada de tecnologia;
  • Direitos de propriedade intelectual;
  • Barreiras alfandegárias;
  • Ataques cibernéticos.

De acordo com Gao, essas questões “são uma parte importante dessas negociações comerciais” e durante os três dias de reunião “houve progresso nessas áreas”.

Os Estados Unidos apresentaram uma série de demandas à China. Entretanto, na longa lista, foi pedido a alteração completa do relacionamento comercial entras as duas economias.

Entre as exigências, estão mudanças das políticas chinesas e relação as áreas de:

  • Proteção de propriedade intelectual;
  • Transferência de tecnologia;
  • Subsídios industriais;
  • Barreiras não alfandegárias ao comércio.

Entretanto, os chineses minimizaram as denúncias referentes a violações de propriedade intelectual. Além disso, negam acusações de que companhias estrangeiras são forçadas a transferir tecnologias.

Atualmente, após a trégua negociada no G20, está previsto um aumento de tarifa dos Estados Unidos em relação a 200 bilhões de dólares em produtos chineses importados.

De acordo com Trump, as tarifas vão aumentar de 10% para 25%, caso nenhum acordo seja estruturado até o dia 2 de março. Além disso, o presidente norte-americano tem ameaçado taxar as importações da China, caso Pequim não ceda às demandas estadunidenses.

Renan Bandeira

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