CEO da Pfizer vende US$ 5,6 milhões em ações após comunicado sobre vacina

O CEO da Pfizer (NYSE: PFE), Albert Bourla, vendeu cerca de US$ 5,6 milhões (R$ 30,21 milhões) em ações da farmacêutica no mesmo dia em que foram anunciados testes bem sucedidos da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19). O executivo se desfez de 62% de sua posição acionária na empresa.

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Bourla vendeu os papéis após as ações da Pfizer dispararem 15% na última segunda-feira (9). Antes da abertura do pregão daquele dia, a empresa, em comunicado realizado junto à BioNTech, informou que a vacina em desenvolvimento é capaz de prevenir a doença em mais de 90% dos pacientes sem evidência de infecção prévia.

O executivo se desfez de 132.508 ações da empresa, com um preço médio de US$ 41,94, de acordo com documentos registrados na U.S. Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais nos Estados Unidos. O preço de venda ficou próximo da máxima das últimas 52 semanas, registrado em 22 de janeiro deste ano, ainda antes da chegada da pandemia.

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Vale ressaltar, no entanto, que a venda da participação do CEO na farmacêutica já fazia parte de um plano de opção de ações pré-estabelecido em agosto deste ano. O processo foi realizado por meio da regra 10b5-1, que permite aos funcionários com informações privilegiadas vender as ações da empresa em que atua de acordo com as leis vigentes.

A farmacêutica confirmou que a venda das ações do executivo faziam parte de um plano que permite aos principais acionistas de companhias listadas em Bolsa negociar certo número de ações em determinado momento. Bourla continua com 81.812 ações da Pfizer, o equivalente a US$ 3,13 milhões, pela cotação atual.

“Por meio de nosso plano de ações, o Dr. Bourla autorizou a venda dessas ações em 19 de agosto de 2020, desde que as ações estivessem pelo menos a um determinado preço”, disse um porta-voz da Pfizer ao site Business Insider, primeiro a noticiar sobre a movimentação de Bourla.

Vacina promissora da Pfizer anima mercados

A Pfizer e a BioNTech, após anunciarem a eficácia de 90% nos pacientes sem evidência de infecção pelo coronavírus, disseram que foi um “grande dia para a ciência e para a humanidade”.

De acordo com a BBC, a vacina foi testada em 43,5 mil pessoas de seis países. Em setembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou que seus testes clínicos fossem ampliados no Brasil, de mil para dois mil testes em voluntários.

Na última segunda-feira, após o anúncio do avanço dos testes, um porta-voz da Pfizer no Brasil e o Ministério da Saúde disseram que o governo brasileiro avalia a compra de doses do medicamento. A pasta ressaltou, entretanto, que acompanha cerca de 254 pesquisas de imunizantes, incluindo a da empresa estadunidense.

Segundo as fabricantes, nenhum problema de segurança no medicamento foi detectado até o momento. Com base em projeções, as empresas disseram que pretendem fornecer 50 milhões de doses no mundo ainda neste ano, e até 1,3 bilhão em 2021.

As novas informações sobre a vacina da Pfizer animaram os mercados internacionais. Na segunda-feira, o S&P 500 e o Dow Jones fecharam em suas máximas históricas. A expectativa por uma vacina sustenta o otimismo dos investidores, que aguardam por uma normalização da atividade econômica em todo o mundo.

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Jader Lazarini

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