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Cemig anuncia Reynado Passanezi como novo presidente da companhia

A estatal mineira de energia, Cemig (CMIG3; CMIG4), anunciou o economista Reynaldo Passanezi Filho como novo diretor-presidente da companhia.

De acordo com o fato relevante, Passanezi vai assumir o cargo nesta segunda-feira (13) no lugar de Cledorvino Belini, que permanece como membro do conselho de administração da companhia. A Cemig não informou o motivo da substituição. Além disso, o novo diretor foi anteriormente presidente da distribuidora de energia Cteep.

No documento a empresa detalhou o currículo de Passazeni e destacou que o novo diretor possui passagens pelo setor público, “notadamente em programas de privatização”. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Partido Novo), pretende desestatizar a empresa, que é uma das maiores elétricas do Brasil.

Privatização da Cemig encontra rejeição dos mineiros, aponta pesquisa.

A privatização da elétrica Cemig, encabeçada pelo governador do estado, Zema, sofre rejeição de 47,7% dos mineiros. Além disso, dos entrevistados pela Associação Mineira de Municípios (AMM), 36,2% são favoráveis à desestatização da companhia e 16,1% não opinaram.

As informações levantadas pelo instituto são relevantes pois, segundo a legislação do estado de Minas Gerais, é necessária a aprovação em plebiscito para a venda do controle de empresas estatais, como é o caso da Cemig.

Para progredir com o programa de desestatização mesmo sem a aprovação popular, Zema precisaria alterar a Constituição local. Isso requer a maioria de três quintos no legislativo de Minas.

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Segundo a pesquisa realizada em parceria com o instituto MDA, foram feitas 1,5 mil entrevistas, em 227 municípios mineiros, entre os dias 23 e 27 de setembro. O estudo tem uma margem de erro de 2,5 pontos percentuais, com 95% de confiança.

Veja Também: Cemig inicia processo de desinvestimento na Taesa

A maior parte do apoio à privatização da elétrica mineira mostrou-se estar entre pessoas com renda familiar acima de 5 salários mínimos. Mesmo assim, houve um empate nessa faixa social, com 45% das opiniões favoráveis à medida e 45% contrárias.

Já entre as famílias com renda entre 2 e 5 salários mínimos, os favoráveis à desestatização da Cemig são 39%, com 46% contrários. Na faixa de renda abaixo de 2 salários, o apoio à proposta é de 32%, enquanto a oposição chegou a 49%.

Poliana Santos

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