Não recebi pedido para baixar preço dos combustíveis, diz Castello Branco

O presidente da Petrobras (PETR4), Roberto Castello Branco, disse que não foi pressionado pelo governo para reduzir o preço dos combustíveis. A afirmação ocorre devido ao domínio da estatal petrolífera no mercado de refino.

“Recebi manifestações do presidente e ministro de total respeito à lei. Não recebi pedido, pressão ou sugestão para baixar preços. Existe liberdade total na prática para preço de qualquer derivado de petróleo”, informou Castello Branco.

Além disso, Castello Branco salientou que a estatal está em um programa de desinvestimento após um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

“Estamos desinvestindo 50% do parque de refino de petróleo. Esse processo está em movimento. Passamos para a fase de propostas vinculantes no início de março. Ao longo de 2020, teremos completado boa parte do processo de venda dessas refinarias”, disse o presidente.

“Em 2021, teremos 49% do refino no Brasil, sem capacidade de formar preços. Novos refinadores terão estímulos para investimentos”, completou.

Atualmente, a Petrobras detém 90% das refinarias do País, consequentemente sua influência nos preços dos combustíveis é alta.

Petrobras aguarda propostas por mais três refinarias, diz Castello Branco

Segundo o presidente da Petrobras, a companhia espera receber nos próximos dias ofertas não vinculantes para mais três das oito refinarias que estão sendo vendidas.

Depois ter recebido propostas não vinculantes por cinco das oito unidades, a Petrobras deverá receber ofertas pelas refinarias:

  • Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas
  • Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará
  • Unidade de Industrialização do Xisto (Six), no Paraná

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“Estaremos recebendo propostas não vinculantes nos próximos dias e vamos fixar um prazo para recebimento das propostas vinculantes”, disse Roberto Castello Branco,

Além disso, o presidente destacou que quando a estatal finalizar seu programa de desinvestimentos em refinarias, permanecerá com apenas 49% da capacidade de refino do Brasil, frente aos atuais 98%.

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“E a Petrobras, em 2021, terá apenas 49% da capacidade de refino do país, sem capacidade de determinar preço, coisa que nós nos abstemos hoje, são preços do mercado internacional, e haverá, então, perspectivas de que novos refinadores tenham estímulos para realizar investimentos, expandindo capacidade de refino no Brasil”, salientou Castello Branco.

Poliana Santos

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