Campos Neto afirma que País precisa de juros mais baixos

O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, declarou nesta quinta-feira (8) que o Brasil precisa de mais um corte na taxa básica de juros para alavancar a economia.

“Nós achamos que a conjuntura econômica prescreve uma política monetária estimulativa. Ou seja, um juros a baixa taxa estrutural. A evolução do cenário básico e balanço de riscos prescreve um ajuste no estímulo monetário”, afirmou Campos Neto em um evento do Banco BTG Pactual.

Entretanto, o presidente do Banco Central afirmou que novos cortes podem ser feitos dependendo do andamento da economia nacional. “Os próximos da política monetária continuarão dependendo da atividade, do balanço de riscos e das expectativas de inflação”.

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A economia em passos lentos também pode ter influência da baixa em investimento do cenário global, segundo o presidente do BC.

“Tem um componente global acontecendo nesse sentido que é a queda de investimento. Parte disso está ligado a questão comercial, parte a perspectiva de crescimento. É um investimento que vem de uma forma geral pelo canal credibilidade”, diz o mandatário do Banco Central do Brasil.

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O presidente do Banco Central do Brasil enxerga os cortes globais de taxas de juros básica como algo positivo. “Países que fizeram mais ou menos o dever de casa estão com os juros baixos não tem um apelo inflacionário grande. Nisso, os mercados emergentes são favorecidos pelo fluxo”.

Taxa Selic

A taxa básica de juros do Brasil que era de 6,5%, agora é de 6%. O corte na Selic ocorreu após 16 meses de estabilidade. A redução superou as expectativas dos analistas, que esperavam um corte de 0,25%. Com essa decisão, a taxa básica de juros caiu para a menor nível desde 1986.

Além da fala de Campos Neto nesta quinta, o BC disse na última terça-feira (6) que o cenário atual (da economia global) “supõe, entre outras hipóteses, a trajetória de taxa Selic que encerra 2019 em 5,50% a.a e permanece nesse patamar até o final de 2020”.

 

Juliano Passaro

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