Campos Neto diz que crescimento econômico será mais eficiente e duradouro

De acordo com uma declaração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, feita nesta quarta-feira (6), o crescimento da economia brasileira será mais lento do que em anos anteriores. Entretanto, será melhor, por se basear mais no investimento privado do que no público.

“O crescimento desta vez é diferente, vai ser mais eficiente e duradouro”, afirmou Campos Neto em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados.

Campos também defendeu reformas macroeconômicas propostas pela autoridade monetária. “As reformas micro são muito importantes para termos mais potência na política monetária”, disse.

De acordo com Campos Neto, esses tipos de reformas podem elevar a produtividade da economia brasileira, que o presidente do BC classificou como “muito baixa” e “o principal problema do país”.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-3.png

O presidente do Banco Central afirmou que o momento é de “revisões para baixo da economia mundial“. Dessa forma, o crescimento esperado é praticamente apenas o asiático. “O mundo desenvolvido não está se desenvolvendo”, afirmou Campos, referindo-se aos países “grandes” que estão demonstrando perspectivas ruins para a economia.

Veja também: Campos Neto informa que há possibilidade de juros menores no Brasil

Sobre a inflação, o presidente do BC disse que este indicado em baixa é “um fenômeno amplo do mundo”. Campos também defendeu o volume de reservas internacionais do Brasil. “As críticas às reservas altas desaparecem rapidamente quando tem alguma crise”.

Economia teria crescido até 1,54% em 2019 sem choques, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central (BC) afirmou que a economia do Brasil poderia crescer até 1,54% em 2019, caso não fosse afetada por choques. A declaração foi feita em meados de outubro.

De acordo com Campos Neto, a crise na Argentina, a desaceleração econômica global e o rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, foram alguns dos fatores que contribuíram para a queda do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País.

Juliano Passaro

Compartilhe sua opinião