Caixa quer vender loterias, gestora, cartões e seguros até 2020

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse que o banco pretende vender todas as suas subsidiárias até o ano que vem. A declaração foi dada nesta quarta (30) num evento no Credit Suisse, em São Paulo.

Se isso for feito, a Caixa se livrará das áreas de gestora de fundos, loterias, seguros e cartões. Guimarães havia dito, durante seu discurso de posse na presidência da instituição, que as subsidiárias seriam vendidas durante a gestão de Jair Bolsonaro. Agora, ele encurtou o prazo para junho de 2020.

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Outro objetivo do banco é listar os seus papéis na Bolsa de Nova York. Guimarães disse acreditar que duas dessas subsidiárias devem fazer a abertura de capital (IPO, em inglês) ainda em 2019. Assim, até o meio do ano que vem, todas as empresas devem estar com capital aberto.

Quando questionado a respeito da abertura de capital da própria Caixa, o presidente do banco disse que isso é assunto do ministro da Economia, Paulo Guedes. A privatização da instituição, segundo ele, não está atualmente em discussão no governo.

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Loterias da Caixa

Pedro Guimarães afirmou que a empresa de loterias do banco tem chances de ser a primeira a lançar ações. Segundo ele, o objetivo das operações não é vender totalmente as subsidiárias, mas uma fatia menor. Uma alternativa é fazer um follow-on (oferta subsequente). “Não pense que IPO tem que ser 30%, 40% ou 50%. Prefiro fazer menor”, disse o executivo, para quem operações menores conseguem atrair os pequenos investidores.

A Caixa é responsável pela operação de jogos lotéricos no Brasil desde 1961. Entre eles, estão Mega-Sena, Timemania, Lotofácil, e outros. Em 2017, as loterias do banco arrecadaram R$ 13,88 bilhões, aumento de 8,14% em relação ao ano anterior.

Guilherme Caetano

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