Caixa Federal abandona plano de ter banco próprio de investimento

A Caixa Econômica Federal abandonou o plano de ter um banco próprio de investimento. Agora, a estatal deve focar no planejamento de estruturação de suas operações.

A troca no planejamento da Caixa Econômica acontece durante a transição de gestão do banco. O vice-presidente de finanças, André Laloni, deixou a instituição pública em julho para assumir cargo no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De acordo com o jornal “O Estado de S.Paulo”, serão feitas quatro movimentações pelo banco.

  1. fechar parceiras e realizar ofertas de ações em segmentos como seguros, cartões de crédito, loterias e gestão de recursos;
  2. venda de ações do FI-FGTS, como as do Banco do Brasil;
  3. a oferta do Banco Pan
  4. devolução dos recursos em torno dos instrumentos híbridos de capital e dívida ao governo.

Caixa Econômica poderá perder administração exclusiva do FGTS

A Caixa poderá perder a administração exclusiva do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O Ministério da Economia está estudando o fim do monopólio na gestão do fundo.

“Não dá para o país do tamanho do Brasil contar com um banco só. Os interesses da Caixa, até pela sua presença no conselho curador, eram impostos aos interesses do fundo e dos seus cotistas”, disse o diretor do departamento do FGTS do Ministério da Economia, Igor Vilas Boas de Freitas.

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De acordo com o governo, outras instituições financeiras poderiam oferecer maior retorno aos trabalhadores e cobrar menos pela administração. A Caixa recebe 1% dos ativos para gerenciar os recursos do fundo.

Além disso, a lei determina que o dinheiro do FGTS seja utilizado para financiar áreas de habitação, saneamento básico e infraestrutura. O governo estuda que esses recursos poderiam ser destinados para criar um fundo garantidor em vez de oferecerem descontos no valor dos imóveis do programa.

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De acordo com Freitas, esse fundo beneficiará muito mais os trabalhadores do que os descontos oferecidos, pois esse fundo funcionaria como seguro aos que não conseguem aprovação na análise de risco do banco. Todos os anos são, aproximadamente, R$ 9,6 bilhões do FGTS, administrado pela Caixa, destinados para o Minha Casa Minha Vida.

Poliana Santos

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