Caixa prevê captar R$ 100 bi no mercado de capitais com 40 operações

A Caixa prevê levantar R$ 100 bilhões no mercado de capitais com aproximadamente 40 operações. A afirmação é do vice-presidente de finanças e controladoria da instituição, André Laloni.

“A expectativa é de gerar quase R$ 100 bilhões com essas operações”, declarou o executivo, sem dar detalhes a respeito do prazo para a realização dos negócios. Segundo Laloni, subsidiárias da Caixa e fundos do governo sob administração do banco podem estar envolvidos. “Está tudo sob análise”.

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O banco marcou para dia 26 de abril o leilão para concessão da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex) e prevê para o segundo semestre deste ano se livrar das divisões de cartões e seguridades. A Caixa quer vender pelo menos quatro de seus ativos ainda em 2019. As áreas de gestão de recursos (assets) e outras lotéricas, por sua vez, devem entrar em negociação nos primeiros seis meses de 2020.

“A área de asset demora mais porque precisa de autorização para abrir a empresa. Todas as demais já estão abertas”, afirmou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

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A Caixa é uma empresa 100% pública e, ao contrário de Petrobras e Banco do Brasil, cujas ações são negociadas na Bolsa, ela pode obter recursos por meio da venda de subsidiárias. Atualmente, o banco tem uma dívida de R$ 40 bilhões com a União.

Mais cedo, a Caixa Econômica Federal anunciou que teve um lucro líquido contábil de R$ 10,355 bilhões em 2018, uma queda de 17,1% em relação ao mesmo período de 2017.

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Em 2017, a Caixa havia lucrado R$ 12,5 bilhões. Tal valor foi 202,6% superior ao montante adquirido em 2016. De acordo com o banco, foi o maior valor obtido pela instituição na história.

O banco ainda divulgou um novo recorde, dessa vez no lucro recorrente, que desconsidera efeitos extraordinários, e que totalizou R$ 12,7 bilhões, uma alta de 40% em 12 meses. O valor inédito é justificado por conta da melhora da eficiência operacional e o aumento de receitas da Caixa, principalmente em relação a intermediação financeira e a prestação de serviços.

Guilherme Caetano

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