Caixa, Banco do Brasil e Petrobras não serão privatizados, diz secretário

O secretário especial de Desestatização e Desinvestimento, Salim Mattar, afirmou nesta terça (29) que o governo federal fará a privatização de todas as estatais exceto Caixa Federal, Banco do Brasil e Petrobras.

O governo de Jair Bolsonaro já havia manifestado a ideia de deixar as três estatais de fora do pacote de privatizações. Elas deverão, entretanto, ter seu tamanho reduzido, segundo Mattar.

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“Eu tenho um panorama geral. As estatais brasileiras, Petrobras, Banco do Brasil e Caixa, deverão ao longo desses quatro anos se desfazer dos seus ativos e ficar um pouco mais magras e mais enxutas”, disse. A declaração foi dada num evento do banco Credit Suisse, em São Paulo.

O secretário também declarou que o BNDESPar, ramo de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), deverá se desfazer de todas as suas ações em outras empresas. Ao fim do processo, será fechado.

“Não há razão para o governo ter uma carteira de ações de empresas. Vamos vender essas empresas e abater dívidas. São R$ 110 bilhões em participação. No último governo vocês viram o que foi o BNDES. Essa farra acabou. O BNDES agora é uma instituição de credibilidade que vai financiar as obras necessárias para o país. Mas de forma mais cuidadosa, profissional e ética”, disse Mattar.

Mattar disse que o BNDES foi “assaltado nos últimos anos”, fazendo referência aos governos petistas. Declarou também que a função da instituição será financiar infraestrutura e o empresário médio. No entanto, evitou mencionar cronograma das privatizações. Ele se limitou a dizer que a intenção é agilizar o processo de 150 para 200 dias.

Outra pretensão de Salim Mattar é superar a meta estabelecida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para arrecadação com privatizações. No Fórum Econômico Mundial, em Davos, o ministro mencionou o valor de US$ 20 bilhões em 2019. “Nosso objetivo é superar isso entre 25% e 50% desse valor ainda em 2019”, declarou o secretário. “Vamos surpreender o ministro na área das privatizações“.

Guilherme Caetano

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