Cade aprova, com restrições, compra da Fox pela Disney

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, nesta quarta-feira (6), a aquisição da Twenty-First Century Fox pela The Walt Disney Company. A operação foi aprovada através da assinatura de um Acordo de Controle de Concentração (ACC), ou seja, uma fusão. O Cade, entretanto, impôs algumas restrições na operação.

A Disney terá que manter na grade de programação, por três anos ou até o encerramento de seus respectivos contratos, 100% dos eventos esportivos atualmente distribuídos no País pela Fox.

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O Cade também salienta que a Disney também terá que manter o canal principal da Fox Sports com o mesmo padrão de qualidade atual até o dia 1º de janeiro de 2022. Isso inclui a transmissão dos jogos da Copa Libertadores da América.

Após o primeiro dia de 2022, os eventos do campeonato sul-americano deverão ser transmitidos em algum dos canais afiliados da empresa, até o final do contrato já existente com a Conmebol.

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Ademais, o acordo diz que a Disney terá que devolver antecipadamente a marca Fox Sports, se optar por encerrar a transmissão deste canal. Assim, o Fox Sports ficará livre para ser utilizado por qualquer outro grupo que se interesse, por meio de um acordo comercial com seu proprietário.

Entenda o caso da Fox com a Disney e o imbróglio com o Cade

A Disney adquiriu parte da Fox em meados de 2018. A operação totalizou US$ 71 bilhões (na época, cerca de R$ 269 bilhões). Entretanto, apenas os estúdios de cinema e os canais Fox Sports do resto do mundo foram adquiridos na época. Assim, o Fox News e a Fox dos EUA permaneceram intactos.

Além disso, as negociações com os canais Fox Sports foram realizadas seguindo regulamentações do governo local de cada país.

No Brasil, para que a transação entre Fox e Disney acontecesse, o Cade determinou que o Canal Fox Sports deveria ser vendido para uma outra empresa, separadamente. Assim evitaria um “duopólio” entre os canais de esporte na televisão fechada, que ficariam separados entre o Grupo Globo e a Disney, basicamente.

Juliano Passaro

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