Cade adia decisão sobre prática anticompetitiva de Itaú Unibanco e Rede

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) adiou sua decisão sobre a ação judicial contra a empresa de maquininhas Rede e o Itaú Unibanco, que são geridos pelo mesmo grupo. A conselheira do Cade, Paula Azevedo, pediu mais tempo para avaliar o processo nesta quarta-feira (13).

No dia 27 de novembro, a conselheira do Cade terá que apresentar seu voto em uma sessão plenária. Vale ressaltar que o processo contra as duas empresas foi aberto em outubro. O conselho avaliou que as duas companhias estariam praticando concorrência desleal e infração a ordem econômica. Além disso, a Rede e o Itaú estariam praticando medidas anticompetitivas.

Itaú se posiciona sobre decisão do Cade

“Essa decisão é irreversível. Essa é uma medida que precisa ser ponderada pelos senhores porque o player não é dominante nem no mercado de credenciamento nem no de serviços bancários. A medida é perversa”, afirmou o advogado do Itaú, José Carlos da Matta Berardo, durante a sessão plenária.

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Vale destacar que o Cade começou as investigações em abril e tinha como objetivo apurar supostas condutas anticompetitivas no mercado de meios de pagamento.

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Em abril, a Associação Brasileira de Internet (Abranet) afirmou que entendia que a conduta de descontos na Rede, condicionados à aquisição de produtos do Itaú, deveria ser condenada pelo Cade. Dessa forma, o órgão acatou a denúncia e começou a apurar o caso.

No dia 24 de outubro, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu um processo administrativo contra o Itaú Unibanco e a credenciadora de cartões Redecard.

Em resposta ao Suno Notícias, em outubro, sobre o processo aberto pelo Cade, a Rede afirmou que não havia sido intimada ainda, “mas reforça sua visão de que sua operação é pró-competitiva e beneficia milhões de clientes ao isentá-los de uma taxa que impacta de maneira relevante o pequeno e médio negócio”.

Juliano Passaro

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