Mais da metade das empresas têm resultado acima das expectativas, aponta BTG Pactual

De acordo com balanço feito pelo BTG Pactual (BPAC11), mais da metade dos resultados líquidos das empresas ficaram acima do projetado para o quarto trimestre. 55% das companhias registraram números melhores do que o esperado, contra 15% abaixo das expectativas.

O BTG Pactual calculou os resultados da receita e do lucro líquido das empresas que já divulgaram o resultado, sem contar a Petrobras (PETR3; PETR4) e a Vale (VALE3). Os valores ficaram 1,3% e 1,1% maiores, respectivamente, a R$ 209,69 e a R$ 43,36. Em comparação com o terceiro trimestre, o lucro líquido registrou um aumento de 26,8%.

O lucro antes de juros , impostos, depreciação e amortização (Ebidta, sigla em inglês) ficou 0,3% acima do esperado pelo banco e fechou em R$ 39,44 bilhões. Em relação ao mesmo período do ano passado, as receitas e o Ebidta cresceram 8,8% e 8,9%.

No cenário com a Petrobras e Vale, o aumento da receita e o Ebidta são ainda maiores. Os números cresceram 5,3% e 12,5%, respectivamente, quando comparado ao mesmo período em 2018. O primeiro ficou em R$ 331,04, enquanto o segundo registrou R$ 95,26.

Por outro lado, o lucro líquido nessa comparação registra queda de 11,5%, a R$ 50,08. A baixa é consequência do impacto das medidas referentes ao desastre de Brumadinho (MG) ligado a empresa Vale.

No que tange o mercado doméstico, o lucro das empresas voltado para esse setor cresceu 36,9% comparado ao mesmo período em 2018, a R$ 40,12 bilhões. As receitas e o Ebidta também registraram aumento. Os valores tiveram alta de 8,7% e 9,6% , respectivamente, para R$ 140,94 bilhões e R$ 31,18 bilhões.

BTG corta previsão de avanço da economia brasileira

O BTG Pactual reduziu sua projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020. A informação faz parte de um relatório divulgado na última quarta-feira (4) pela instituição financeira.

Saiba mais: PIB: BTG corta previsão de avanço da economia brasileira para 2020

A previsão do banco para o crescimento do PIB passou de 2,2% para 1,4%. A redução foi justificada com base no fraco avanço da economia brasileira em 2019, de somente 1,1%, e pela expansão da epidemia de coronavírus.

Como consequência do menor crescimento da economia global por conta da doença, o BTG Pactual prevê contração econômica de 0,1% no primeiro trimestre deste ano no País. No relatório anterior, a estimativa era de crescimento de 0,3%.

Arthur Guimarães

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