BRB almeja venda de DTVM, corretora de seguros e de cartões

O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, afirmou nesta segunda-feira (18) em entrevista ao jornal “Valor Econômico” que a instituição objetiva vender entre 30% e 40% da empresa de gestão de ativos de terceiros, da corretora de seguros e de cartões.

O presidente do BRB, no entanto, informou que o percentual ainda está sob negociação. Dessa forma, o negócio depende da avaliação por assessores financeiros, bem como da decisão do governo federal.

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“Hoje a gente imagina vender 30% a 40%”, afirmou o presidente da instituição financeira. “Vamos buscar sócios para meios de pagamento, para a corretora de seguros e para a gestora de recursos de terceiros. Vamos vender parte dessas empresas, buscar parceiros privados para nos ajudar a ganhar eficiência e aumentar a competitividade e avançar nesse processo de expansão”.

O BRB havia divulgado, no último dia 5 de maio, um comunicado para informar que estava “estudando oportunidades para potencializar a sua atuação nos negócios de gestão de recursos, distribuição e estruturação de operações e de títulos e valores mobiliários, assim como sua participação no mercado de capitais, podendo incluir a reorganização societária de sua DTVM”.

BRB vê negócio ainda em 2020

Apesar do cenário difícil, com a pandemia do novo coronavírus (covid-19), o presidente do banco espera que a venda de participação da DTVM e corretora de seguro poderia se concretizar ainda neste ano.

“É um ano complexo, mas a gente espera começar a fazer essas operações neste ano. Esperamos que alguma delas saia neste ano. A operação da corretora de seguros é mais simples e a gente espera que aconteça neste ano. A da DTVM também é simples. E esperamos que saia neste ano. As de meios de pagamento são mais complexas e achamos que essa só acontece no ano que vem”, afirmou o executivo.

O presidente do BRB salientou que o negócio pode se tornar barato para estrangeiros, com a valorização do dólar frente ao real. Costa também afirmou que, na semana seguinte, os assessores financeiros que acompanharão a reestruturação societária devem ser contratados.

Após a entrada de investidores privados, de acordo com o executivo, o plano é colocar mais ações do BRB no mercado e elevar o free float. Atualmente, o governo do Distrito Federal apresenta uma participação de 80% na empresa, enquanto, o Instituto de Previdência dos Servidores retém 16% dos ativos. Apenas 3,15% dos papéis são efetivamente negociados no mercado.

“Queremos aumentar o free float para 30%. Com mais ações no mercado e mais gente participando da gestão, você diminui a influência política no banco e se afasta desse passado”, avaliou o presidente do banco. Costa ainda pontuou que não considera a privatização do BRB.

Arthur Guimarães

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