Braskem reduz pela metade previsão de avanço do mercado de resinas

A Braskem (BRKM5) reduziu pela metade a previsão de crescimento da demanda de resinas termoplásticas no Brasil para 2019. No início de 2019, a estimativa era de avanço entre 4% e 4,5%, no entanto, agora é de 2%.

De acordo com o presidente da Braskem, Fernando Musa, a previsão é que o crescimento seja retomado em 2020. O resultado positivo no próximo ano deve refletir a recuperação da economia brasileira.

“A operação no Brasil segue enfrentando o desafio do ciclo de baixa da indústria petroquímica e da desaceleração da economia mundial”, afirmou Musa durante uma teleconferência com analistas.

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Nos nove primeiros meses deste ano, a demanda pelo produto no mercado interno cresceu 1%.

No cenário global, o executivo declarou que não há sinais claros de recuperação do setor petroquímico no próximo ano. A estagnação do setor de resina deve continuar como reflexo da expectativa de menor crescimento econômico mundial. Além disso, as novas fábricas de polietileno na China deverão contribuir para o desempenho negativo.

“O desafio principal será a combinação dos investimentos na China com o ciclo econômico e a guerra comercial entre China e Estados Unidos”, disse Musa.

Joint venture da Braskem no México

O presidente da companhia falou sobre a Braskem Idesa, uma joint venture controlada pela petroquímica brasileira no México. Segundo Musa, a companhia alcançará finalmente 100% de taxa de operação.

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A empresa está trabalhando na instalação de um terminal para o recebimento de etano líquido vindo dos Estados Unidos. O transporte até a unidade da petroquímica no México ocorrerá por meio de rodovias. A operação deve começar ainda neste ano.

O projeto possibilitará, inicialmente, o recebimento de 12,8 mil barris de etano por dia. A estimativa é que o número chegue a 25,4 mil barris diários.

Além disso, as linhas de produção de polietileno, que utilizam etano importado dos Estados Unidos, chegará a quase 100% de taxa de operação. “Com o projeto de ‘fast track’, esperamos ter matéria-prima para rodar a Braskem Idesa com 100% da capacidade”, afirmou o CEO.

Giovanna Oliveira

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