Braskem receberá cerca de R$ 3,7 bi em seu caixa após acordo judicial

A Braskem (BRKM5) afirmou, nesta sexta-feira (10), que aproximadamente R$ 3,7 bilhões voltaram para o caixa da empresa após um acordo judicial firmado com a Defensoria Pública de Alagoas.

Deste valor, a Braskem destinará R$ 1,7 bilhão ao Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, que cuida de indenizações de pessoas que tiveram suas casas atingidas pelo afundamento de solo em Maceió (AL).

A estimativa da empresa é de que o programa de apoio à desocupação previsto neste termo de acordo e nas áreas anunciadas envolva aproximadamente 17 mil pessoas.

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), os quatro bairros de Maceió afetados pela atividade de mineração reúnem 40 mil pessoas.

Acordo já havia sido assinado pela Braskem

A Braskem (BRKM3) havia assinado, na última sexta-feira (3), um acordo com órgãos federais e estaduais para resolver o caso judicial que já dura cerca de um ano em Alagoas. O custo inicial do acordo é de R$ 2,7 bilhões.

O tratado ainda precisa de um aval da Justiça para entrar em vigor. O objetivo é acelerar a retirada de 17 mil moradores de áreas de risco em quatro bairros localizados em Maceió.

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A Braskem já tem R$ 1,7 bilhão reservado para a indenização das famílias que terão que desapropriar cerca de 4,5 mil imóveis. Ademais, a empresa também já separou R$ 1 bilhão para o fechamento de quatro poços de extração de sal-gema.

Alagoas terá plano de recuperação

A primeira parte desse procedimento de reparação de danos em Alagoas consistirá na visita de profissionais da área social, para o registro dos imóveis e seus moradores.

Uma “central do morador”, que irá prestar o serviço de informações para as famílias, será instalada em aproximadamente 15 dias. Além disso, a Braskem informou que está contratando psicólogos e assistentes sociais para darem suporte aos moradores.

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Em meados de novembro, a empresa propôs à Agência Nacional de Mineração (ANM) o fechamento dos 35 poços utilizados na mineração de sal-gema em Maceió.

A extração de sal-gema da Braskem não estava funcionando desde maio de 2019, depois que foi divulgado um laudo do Serviço Geológico (CPRM) que associou o afundamento do solo em três bairros da capital alagoana à atividade da petroquímica.

Rafael Lara

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