Brasil defenderá seus interesses comerciais, diz governo

Após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de restabelecimento das tarifas sobre o aço e alumínio do Brasil, o governo de Jair Bolsonaro declarou que trabalhará em defesa dos interesses comerciais do País, além de assegurar a fluidez do comércio com os norte-americanos.

Os Ministérios da Economia, Relações Exteriores e Agricultura do Brasil afirmaram, por meio de nota, que o governo brasileiro já está em contato com as autoridades dos Estados Unidos.

“O governo brasileiro tomou conhecimento de declaração do presidente Donald Trump sobre possível imposição de sobretaxa ao aço brasileiro e já está em contato com interlocutores em Washington sobre o tema”, informou a nota.

“O governo trabalhará para defender o interesse comercial brasileiro e assegurar a fluidez do comércio com os EUA, com vistas a ampliar o intercâmbio comercial e aprofundar o relacionamento bilateral, em benefício de ambos os países.”, completam os Ministérios.

Tarifas sobre aço e alumínio do Brasil e Argentina

Trump afirmou que irá retomar as tarifas sobre aço e alumínio provenientes do Brasil e da Argentina. Isso porque os dois países tem desvalorizados suas moedas, segundo o presidente norte-americano. O pronunciamento de Trump foi feito por meio de sua conta em uma rede social nesta segunda.

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“A desvalorização não é boa para os nossos fazendeiros”, afirmou Trump, reforçando que o que vem acontecendo com as moedas dos dois países em relação ao dólar causa dificuldades para as exportações americanas. “Fed (Federal Reserve) precisa agir para que países não tirem vantagem de nosso dólar forte para desvalorizar ainda mais suas moedas”, disse o presidente dos EUA, mais uma vez chamando a atenção do Banco Central norte-americano.

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Em resposta, o presidente do Brasil disse que irá conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e completou que, caso seja necessário, irá falar diretamente com o presidente dos EUA. “Se for o caso, falo com Trump, tenho canal aberto”, disse Jair Bolsonaro.

Rafael Lara

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