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Brasil assina acordo nos EUA que permite uso comercial da base de Alcântara

Integrantes dos governos brasileiro e americano assinaram nesta segunda (18) um acordo de salvaguardas tecnológicas (AST) que permite o uso comercial da base de lançamento de Alcântara, no Maranhão. O presidente Jair Bolsonaro e outros membros do governo estão em Washington, onde haverá uma reunião com Donald Trump nesta terça (19).

O AST, que é negociado desde os anos 2000, vai permitir aos Estados Unidos lançar foguetes e satélites do centro de lançamento de Alcântara. O documento possui cláusulas que protegem a tecnologia usada tanto pelo Brasil quando pelos americanos.

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O acordo já chegou a ser assinado, mas o Congresso brasileiro o rejeitou. Desta vez, terá de passar novamente pelo crivo do Legislativo, de acordo com o embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, disse que a decisão respeita a soberania do Brasil, pois a base está dentro do território nacional. Segundo ele, o governo federal vai procurar firmar acordos com outros países para o uso da base.

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“É importante ressaltar, como eu já falei ontem, que isso não fere de maneira nenhuma nossa soberania”, afirmou Pontes. “É um contrato importante, feito naturalmente agora com os EUA e, provavelmente, com outros países em um futuro próximo, também, que nos permita lançar outros foguetes e outras espaçonaves de outros países”.

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O ministro disse também que se reuniu com executivos da SpaceX, empresa de sistemas aeroespaciais do bilionário Elon Musk, dono da Tesla, para conversar sobre a possibilidade de fazer lançamentos da base de Alcântara. O presidente Jair Bolsonaro defendeu o acordo e disse que o País está “perdendo dinheiro” há muito tempo por não fazer uso comercial do centro.

Guilherme Caetano

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