Brasil e Argentina assinam acordo de livre comércio no setor automotivo

A Argentina e o Brasil assinaram acordo de livre comércio, na última quinta-feira (3), no setor automotivo. O tratado tem como objetivo liberar o comércio entre os países no setor de veículos em dez anos.

“O novo tratado prevê o livre comércio de bens automotivos, a partir de 1° de julho de 2029, sem quaisquer condicionalidades. Até que se atinja o livre comércio em definitivo, o pacto prevê aumento graduais, com efeitos imediatos, dos volumes intercambiados sem a cobrança de tarifas”, informou o Ministério da Economia do Brasil em nota.

A pasta econômica salientou que o acordo beneficiará ambos os países. No ano passado, as exportações brasileiras do setor automotivo somaram US$ 7,5 bilhões (R$ 30,67 bilhões).

“Os entendimentos anteriores entre o Brasil e Argentina para o setor automotivo vinham sendo renovados periodicamente. O novo texto, contudo, tem validade indeterminada”, informou a pasta.

Acordo automotivo entre Brasil e Argentina

A negociação entre os países foi concluída no dia 6 de setembro, pelos ministros da Economia do Brasil, Paulo Guedes, e da Produção e Trabalho da Argentina, Dante Sica. Na última quinta, o acordo foi firmado pelos diplomatas dos países.

Segundo pessoas que estão próximas ao negócio, o País poderá exportar mais unidades à Argentina sem tem que arcar com tarifas. O livre comércio entres os dois países deve ser alcançado em 2029, entretanto os países aumentarão de forma gradual o número de exportações até lá.

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O acordo automotivo que vigora atualmente entre Brasil e Argentina funciona da seguinte forma: A cada US$ 1 que o Brasil importa do país vizinho, US$ 1,5 pode ser exportado sem nenhuma tributação. Este acordo deveria vigorar até junho, entretanto com o novo acordo anunciado nesta sexta, as regras devem mudar em breve.

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Por conta da crise na Argentina, houve uma baixa na demanda do setor automotivo. Aproximadamente 70% das exportações do Brasil de carros são para a Argentina. Com o cenário atual desfavorável, as vendas para o país de Mauricio Macri tiveram uma baixa de 40% até agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2018.

Poliana Santos

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