Brasil cria 846,9 mil novas empresas no primeiro trimestre

No primeiro trimestre de 2020 foram abertas 846.957 novas empresas em todo o Brasil. A informação foi divulgada neste sábado (30) pelo Ministério da Economia.

O número representa um crescimento de 14% em relação ao último trimestre de 2019 e de 8,6% do que no primeiro trimestre do ano passado. Um indicador que mostra como o País estava abrindo mais empresas antes do começo da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Entre as atividades que registraram maior crescimento estão:

  • cabeleireiros, manicure e pedicure (com 45.397 novas empresas);
  • comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (42.864 novas empresas);
  • promoção de vendas (36.120 novas empresas);
  • obras de alvenaria (29.929 novas empresas);
  • fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar (23.383 novas empresas )

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Por outro lado, os dados do governo mostram como no primeiro trimestre foram fechadas 292.378 empresas. Com isso, o saldo líquido ficou em 554.579 novos negócios criados no Brasil entre janeiro a março de 2020. No total, no primeiro trimestre o País tinha 18.296.851 empresas ativas.

Segundo o Ministério da Economia, o tempo médio para a abertura de uma empresa no primeiro trimestre de 2020 foi 3 dias e 16 horas. No mesmo período do ano passado a média nacional foi de 5 dias e 9 horas.

Com a nova ferramente Mapa de Empresas, lançada pelo Ministério da Economia para monitorar o empreendedorismo no Brasil, foi possível coletar rapidamente informações sobre:

  • abertura e o fechamento,
  • localização dos negócios,
  • ramo de atividade,
  • tempo médio de abertura
  • natureza jurídica (empresa individual, sociedade aberta, cooperativa e outros)

Empresas em alta mas PIB em queda

Os dados sobre a abertura de novas empresas no Brasil chegam um dia depois da divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2020, que caiu 1,5% em relação ao trimestre anterior.

Este resultado do PIB considera o desempenho da economia entre janeiro e março de 2020. As medidas de restrição da atividade econômica para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) começaram a entrar em vigor a partir da segunda metade de março e afetaram o desempenho do PIB.

“Aconteceu no Brasil o mesmo que ocorreu em outros países afetados pela pandemia, que foi o recuo nos serviços direcionados às famílias devido ao fechamento dos estabelecimentos”, disse Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

Em relação ao primeiro trimestre de 2019, a economia brasileira apresentou uma baixa de 0,3%. Dessa forma, o PIB está em um patamar similar ao registrado no segundo trimestre de 2012.

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A retração da economia no País foi influenciada por uma queda de 1,6% no setor de serviços, que possui a maior representatividade no PIB, com 74% do total e o maior número de empresas ativas. Além disso, a indústria também caiu (-1,4%). Já a agropecuária cresceu 0,6%.

Carlo Cauti

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