Bradesco BBI diz que Cielo “não está pronta” para retomada; ações caem

O Bradesco BBI classificou a gigante das maquininhas “Cielo” como uma empresa com desempenho abaixo da média do mercado (underperform). Com isso, as ações da companhia despencaram 4,6%, próximo às 13h35, sendo negociadas a R$ 7,47.

No acumulado deste ano (9 dias), a Cielo já possui uma baixa de 9,6%, incluindo a queda de 2,91% na última terça-feira (7) ocasionada pela renúncia de Sergio Saraiva Castelo Branco de Pontes, que era vice-presidente de desenvolvimento organizacional da companhia.

Victor Schabbel, que já foi diretor de Relações com Investidores da empresa de maquininhas, disse que a companhia é um “anjo caído” que não demonstra sinal de “melhora material no ambiente competitivo”.

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O analista também afirmou que “antes da nova estrutura corporativa e iniciativas estratégicas darem frutos, os resultados provavelmente deteriorarão mais”.

Com a nova avaliação do Bradesco BBI, a Cielo possui duas vezes mais recomendações de venda do que de compra. Entretanto, as posições neutras quanto ao mercado da empresa ainda são mais numerosas.

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A justificativa dos analistas que estão neutros sobre a empresa é de que nada de muito estrutural mudou no case da empresa nos últimos meses. A concorrência já é de conhecimento de todos e o mercado já teve tempo de analisar as ameaças que representam as possíveis novas regras de antecipação de recebíveis e de pagamento instantâneo.

O ex-executivo da Cielo, Schabbel, estima que pode haver uma nova onda de revisões para baixo nos resultados, o que pode ocasionar uma mudança na visão do mercado e, dessa forma, derrubar mais ainda o papel da empresa.

O Bradesco BBI diminuiu a estimativa de lucro líquido da Cielo em 6% para 2020, para R$ 1,02 bilhão, e em 1% para 2021, para R$ 1,13 bilhão. Procurada pelo Suno Notícias, a Cielo afirmou que não irá comentar o assunto.

Juliano Passaro

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